Os usuários da EFVM (Estrada de Ferro Vitória a Minas), único sistema ferroviário que percorre longas distâncias diariamente, passarão a se beneficiar a partir de agora das novas tecnologias empregadas pela Vale em algumas unidades dos trens de passageiros. A empresa investiu R$ 1,6 milhão visando ampliar a segurança, conforto e reduzir o tempo de viagem.
De acordo com a Vale, trata-se de um sistema inédito de frenagem eletrônica que já está aplicado em quatro locomotivas e 24 carros de passageiros. A previsão é de que até o final de 2013 toda a frota da EFVM (62 carros) esteja circulando com o novo equipamento fabricado nos Estados Unidos. Há ainda o objetivo de estender a implantação da tecnologia nos trens da EFC (Estrada de Ferro Carajás).
Embora as paradas mais suaves sejam o benefício mais perceptível aos passageiros, o grande benefício está relacionado à segurança, já que o novo sistema distribui de maneira uniforme a intensidade da frenagem para todos os carros, o que evita sobrecargas que, com o tempo, podem reduzir a vida útil de componentes, como engates.
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Segundo a companhia, outra vantagem comprovada em um teste que durou quatro meses foi a redução no tempo da viagem. Antes, era preciso iniciar a frenagem aproximadamente 400 metros antes da estação. Atualmente, essa distância caiu para 250 metros, o que proporciona redução de 30 minutos por viagem (ida e volta).
Um milhão de passageiros
No ano passado, essa malha da Vale foi responsável pelo transporte de mais de um milhão de pessoas – no mesmo período de 2009, esse número ficou em 925 mil usuários. Segundo a empresa, desse total, 176,6 mil partiram da estação Pedro Nolasco (ES), quase Intendente Câmara, em Ipatinga (MG), e outras 208 mil tiveram como ponto de origem Belo Horizonte.
Além dessa preocupação com a segurança e conforto, a Vale já havia implantado nessa ferrovia o projeto Biocombustível, que prevê a mistura de gás natural e diesel em suas locomotivas, com concentrações do gás variando entre 50% e 70%. Estima-se que, com o uso futuro de gás deixarão de ser emitidas 73 mil toneladas de CO2 equivalente na atmosfera por ano.
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