Obras do VLT da Baixada Santista começam em setembro

O edital de pré-qualificação das empresas interessadas em participar das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Baixada Santista será publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial do Estado e os trabalhos para implantação do VLT devem começar até setembro. A garantia é do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernando Fernandes.
“Estamos numa etapa bastante avançada”, disse ele, durante visita técnica à região nesta terça-feira, junto com diretores da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). O objetivo foi conhecer o traçado da primeira fase do projeto, entre São Vicente e Santos.


Questionado por A Tribuna sobre a possibilidade das previsões não se concretizarem, Jurandir Fernandes é taxativo: “Em 2014, o VLT estará rodando, não têm mais incertezas do tipo se vai aparecer alguém (da iniciativa privada) para operar ou não, se não aparecer o governo opera. O governador definiu, acabou a dúvida”.


Por enquanto, o primeiro traçado do VLT, entre Barreiros, em São Vicente, e o Porto de Santos, com um entroncamento para o Valongo, será totalmente custeado pelo Governo do Estado. A estimativa é de um valor próximo de R$ 690 milhões.


“Nós queremos a participação (da iniciativa privada), acho que o Estado não deve assumir tudo sozinho. Mas, se eles não vieram, vão perder uma grande oportunidade”, afirma o secretário.


Pré-qualificação


O edital de pré-qualificação, publicado nesta quarta-feira, serve para selecionar as empresas que poderão participar da etapa seguinte, que é a concorrência pública para a execução da obra. Na pré-qualificação, a empreiteiras terão 45 dias para comprovar capacidade técnica para executar o projeto.


Neste período, serão analisados atestados específicos e corpo de profissionais. “Deste modo você atesta se a empresa está tecnicamente apta a disputar a licitação da obra. Depois, em abril, publicamos um outro edital, que é o da obra em si, para a disputa de valores. Então, a licitação inclui técnica e preço”, explica o diretor de Gestão Operacional da EMTU, Evandro Losacco.


O trajeto inicial do VLT tem 15 quilômetros de extensão. Já estão sendo comprados 22 trens, sendo que dois ficarão de reserva. A velocidade média dos 20 rodantes deve ficar entre 25 km/h e 30 km/h, por causa das paradas constantes. Ainda assim, todo o percurso deve ser feito em 30 minutos, metade do tempo gasto na viagem de ônibus. Estão previstas duas composições de trens rodando simultaneamente, uma em cada sentido. Ao lado dos trilhos será implantada uma ciclovia em todo o trecho, separada por gradil.


De Barreiros, em São Vicente, o VLT vai seguir até o final da linha amarela (Avenida Martins Fontes), onde existe a antiga linha férrea. No Itararé, passa atrás dos prédios da orla, chegando a Santos pela Rua Gaspar Ricardo. Na Avenida Francisco Glicério, pouco depois do Canal 1, o VLT passa para o canteiro central da pista. Continua na Conselheiro Nébias até a Rua João Pessoa, no Centro.


O trajeto da Praça dos Andradas até o Valongo ainda não foi definido. “Nesse ponto final, onde vamos fazer o retorno do VLT junto às instalações da Petrobras, ainda temos uns 700 metros a definir. Acho que o projeto vai nos dar mais clareza”, diz o secretário estadual de Transportes Metropolitanos.

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