SÃO PAULO – A chuva que atingiu a região de Campinas nesta quarta-feira deixou mais de mil desalojados e desabrigados e paralisou o transporte ferroviário. A prefeitura de Sumaré, que enfrenta a pior enchente já registrada, decretou estado de emergência e dispôs ginásios e escolas para as cerca de 600 famílias desabrigadas. Em Campinas, foram 120 casas alagadas em áreas de risco, o que deixou sem teto cerca de 450 pessoas. Em Nova Odessa, outras seis famílias ficaram sem suas casas.
Devido à enchente do Ribeirão Quilombo, em Sumaré, dezessete composições da Brasil Ferrovias estão paradas. São cinco trens que seguiam de Santos para o Mato Grosso e Araraquara, na região central do estado, e outros doze que tinham como destino o porto no litoral paulista. Os vagões estão carregados de produtos para exportação e, segundo a empresa, não há previsão da situação ser normalizada.
De acordo com a empresa, um quilômetro da ferrovia está embaixo de água, em alguns trechos com até um metro de altura.
Em Campinas, foram 120 casas alagadas no Jardim Campineiro, São Marcos, Recanto da Fortuna e Santa Mônica, o que deixou 450 pessoas sem suas casas. Um grupo de vinte famílias do Jardim Campinho, também atingido, abandonou os imóveis alagados e invadiu casas populares de um conjunto da Companhia de Habitação (Cohab).
Os invasores deixaram o local no final da tarde, após o dia todo de negociações com técnicos da Cohab e a presença da Guarda Municipal. Só então, os proprietários dos imóveis puderam entrar nas casas, que ainda estão sem ligações de água e esgoto.
Os invasores moram em áreas de risco e parte deles assinou um acordo com a Prefeitura de demolição de suas casas. Em troca, receberão o auxílio-moradia, uma verba de cerca de R$ 200,00 que deverá ser usada no pagamento de aluguel de imóveis fora de áreas de risco.
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