O governo dá os últimos retoques em um pacote de investimentos bilionário na expansão da malha ferroviária do país. O plano desata o nó que emperra a reestruturação da Brasil Ferrovias, dona de três linhas, e a construção da Nova Transnordestina. O anúncio será feito pelo presidente Lula em abril.
A Nova Transnordestina, avaliada em R$ 4,5 bilhões, foi idealizada por Benjamin Steinbruch, cujas empresas CSN e Taquari controlam a Cia. Ferroviária do Nordeste. O empresário se compromete a investir R$ 300 milhões em capital próprio e a trazer R$ 250 milhões de novos parceiros. O BNDES vai emprestar R$ 400 milhões. A maior parte dos recursos virá do Finor, que aplicará R$ 1,5 bilhão, e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, com mais R$ 2 bilhões em debêntures.
A ANTT, agência do setor, garantiu aprovação ao projeto e deu sinal verde à reestruturação da Brasil Ferrovias, cujo pacote de R$ 1,2 bilhão terá grande participação do BNDES.
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Está quase fechado e com aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um pacote de investimentos para realizar a maior expansão da malha ferroviária do país nas últimas quatro décadas. O plano desata o nó que tem emperrado a aplicação de recursos na reestruturação da Brasil Ferrovias e na construção da Nova Transnordestina.
A intenção de Lula é anunciar o pacote de obras ainda em abril, mas o presidente só quer fazer a divulgação quando todos os detalhes operacionais estiverem resolvidos. Técnicos do governo trabalham para fechar as últimas pendências da modelagem final.
O maior investimento será feito no projeto da Nova Transnordestina e totalizará quase R$ 4,5 bilhões. A engenharia financeira do negócio está montada. Duas companhias do empresário Benjamin Steinbruch – CSN e Taquari Participações -, comprometeram-se a investir R$ 300 milhões em capital próprio e a aportar R$ 250 milhões de novos acionistas. O BNDES fará empréstimo de R$ 400 milhões.
A maior parte dos recursos, no entanto, virá de dois fundos: o Finor aplicará R$ 1,5 bilhão e o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) porá mais R$ 2 bilhões em debêntures. As liberações do Finor são demoradas e podem se estender até 2013. Para acelerar as obras, o BNDES poderá fazer um novo empréstimo, utilizando as verbas do Finor como garantia.
Chegou-se a estudar a possibilidade de o BNDESPar financiar parte do investimento, lançando R$ 1,25 bilhão em debêntures conversíveis em ações, mas essa alternativa foi abandonada. A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) está pronta para aprovar a reestruturação societária da Cia. Ferroviária do Nordeste (CFN), dona de 95% da Transnordestina.
O processo está em fase final de análise na agência, que já avisou ao Palácio do Planalto que não criará nenhum empecilho para a viabilizar a ferrovia e avalizará a proposta de reestruturação. A CFN venderá sua participação de 95% na Transnordestina aos controladores, CSN e Taquari. Em seguida, as duas
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