São Paulo e Belo Horizonte, 9 de Março de 2005 – A MRS Logística, ferrovia que traz em suas iniciais as siglas de São Paulo, Rio e Minas Gerais, estados por onde passam seus 1.700 quilômetros de trilhos, completou ontem a marca de 100 milhões de toneladas úteis no período de doze meses. Vencido esse desafio, Júlio Fontana, seu presidente, já impôs outras metas: transportar 110 milhões de toneladas no ano inteiro de 2005 e 120 milhões de toneladas em 2006.
Para continuar crescendo, a MRS programou para 2005 investimentos de R$ 550 milhões – R$ 220 milhões mais que em 2004. `Vamos comprar, além de 29 locomotivas, 600 vagões, cujo fornecedor deveremos escolher ainda neste mês`, disse Fontana a este jornal. Além de material rodante, a empresa reservou parte do investimento para obras de infra-estrutura. A empresa planeja duplicar um trecho de 70 quilômetros de extensão entre as localidades de Saudade e Barra do Piraí, ambas no estado do Rio de Janeiro. Novos pátios serão construídos na ferrovia do Aço, em Minas Gerais, também como objetivo de ampliar o volume de carga transportada.
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A MRS Logística, que completou oito anos de existência em dezembro passado, desde que recebeu do governo federal a concessão para o operar o trecho, que pertencia à Rede Ferroviária Federal – tem seu capital compartilhado por vários sócios entre os quais se destacam a mineradora MBR, Cia Vale do Rio Doce e Usiminas.
Além de operar nos três principais estados do País – que reúnem 55% do Produto Interno Bruto (PIB) – a MRS chega com seus trilhos aos portos do Rio de Janeiro, Sepetiba (RJ) e Santos (SP). Esses atributos estão sendo aproveitados com cargas nobres. Nesse momento a empresa começa a intensificar o transporte em trens expressos de contêineres com automóveis CKD da Volkswagen (de Taubaté) e General Motors (de São José dos Campos) para o porto do Rio com destino aos mercados externos.
`Estamos aumentando nosso leque de clientes entre as montadora de veículos, uma situação inimaginável há alguns anos. Além da Volkswagen, General Motors, temos Fiat, Toyota e Honda no portfólio`, diz Fontana.
A MRS divide suas cargas em duas categorias: minério e carga geral. Os grandes volumes são efetivamente de minérios – que crescem a taxas de 11% a 12% ao ano. Na carga geral (tudo, exceto minérios) `estamos crescendo 15% ao ano`.
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