Gerais.
A MRS Logística recebeu 20 locomotivas na última quarta feira, entregues pelo fabricante, a General Electric norte americana, no porto do Rio de Janeiro. As máquinas foram adquiridas ao preço médio de US$1 milhão, cada e, segundo o presidente da empresa, Júlio Fontana, deverão reforçar a frota e garantir o cumprimento da meta do corrente ano que é transporte de 110 milhões de toneladas de carga.
A MRS opera um trecho de 1.700 km de ferrovias de bitola larga (1,60m) entre Belo Horizonte, Rio e São Paulo com acesso aos portos destas duas últimas capitais. No ano passado, a empresa transportou 98,1 milhão de toneladas, que representa um crescimento de 13% em relação ao exercício anterior, com destaque para o minério de ferro, que é a principal carga da ferrovia, ocupando 60% dos vagões.
Segundo Fontana, a empresa encomendou 29 máquinas – 20 foram entregues quarta-feira, as nove restantes chegarão em 45 dias ao porto. São locomotivas seminovas, em operação nas ferrovias norte-americanas e que passaram por revisão geral antes do embarque. No Brasil, terão a bitola adaptada para o padrão local, já que nos Estados Unidos, como de resto em todo o mundo, as composições trafegam sobre trilhos com bitola de 1,45 m. É serviço para 15 dias de oficina.
O presidente da MRS não escondeu sua satisfação com a chegada das máquinas, em decorrência do aumento de solicitações de frete por parte dos clientes, a despeito das previsões de muitos economistas de que as exportações iriam cair em 2005. “Há 38 meses nós crescemos à média de 1 milhão de toneladas por mês, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em janeiro e fevereiro não foi diferente e em março as cargas continuam aumentando”.
Como não há sinais de desaquecimento em seus negócios, a empresa planeja investir também na malha, duplicando trecho de 70 km de extensão perto de Barra do Piraí, no Rio. Já em Minas Gerais, de onde vem o grosso da sua carga, que é o minério. A empresa que tem atualmente 400 locomotivas, está ampliando o quadro de maquinistas e auxiliares para operar as máquinas que estão chegando. Assinou convênio com o Senai de Juiz de Fora para formação dessa mão-de-obra.
Fontana disse que a MRS captou importantes clientes (fabricantes de ferro-gusa da região de Sete Lagoas, perto de Belo Horizonte). No final de 2004, quando começaram a utilizar a ferrovia, as siderúrgicas levavam 35 mil toneladas mensais – em 2005 estão movimentando o dobro, tudo para exportação.
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