O Ministério da Infra-Estrutura e Transportes da República Italiana e os governos do Distrito Federal e Goiás assinaram ontem, em Brasília, um memorando de entendimentos que viabilizará a construção do trem de alta velocidade. Ficará a cargo das empresas italianas o desenvolvimento dos estudos e projetos necessários para permitir o início do processo licitatório para implantação do trem de alta capacidade no eixo Goiânia-Brasília, que será o primeiro trem-bala da América Latina.
Essa parte do projeto não vai gerar nenhum gasto para os estados brasileiros participantes. Também foi oficializada ontem a criação de um grupo de estudos organizado pelo Ministério dos Transportes brasilieiro que vai avaliar o projeto do trem.
O acordo assegura a vinda de técnicos italianos de empresas estatais italianas para criar o plano de parceria Público Privada (PPP), e também levantará dados específicos sobre segurança, controle e impacto ambiental.
Os estudos dos italianos devem ficar prontos em seis meses. Até agora, o Distrito Federal já gastou R$ 4,5 milhões com o pré-projeto do trem, documento que possui 18 relatórios e deve ficar pronto em poucos dias. O próximo passo é captar recursos para iniciar as obras.
Interesse Nacional – O secretário de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás, José Carlos Siqueira, diz que a criação do grupo de estudos do Ministério dos Transportes mostra que o governo federal se interessou pelo projeto do trem. Ele também argumenta que esse ato assegura que a concessão federal para a obra está prestes a ser garantida. `O projeto atravessa dois Estados, e para isso precisa da autorização federal para ser implementado.`
O governador Marconi Perillo diz que o trem de alta velocidade vai colaborar essencialmente para alavancar a região em que vai atravessar. Ele explica que esse transporte vai incentivar o dinamismo econômico da área que possui seis milhões de consumidores.
A repercursão do avanço nos trabalhos do trem de alta velocidade foi tão grande que o assunto chegou ontem a ser noticiado por agências internacionais de informações, como a francesa EFE.
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