Mais uma alternativa está sendo utilizada pelos acionistas da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) com o intuito de acelerar a aprovação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a Ferrovia Nova Transnordestina. Agora, os controladores da CFN – Taquari Participações e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – querem assumir a participação da CFN no projeto de concepção da ferrovia, orçado em US$ 1,48 bilhão. Em abril, a Agência Nacional dos Transportadores Terrestres (ANTT) deve se pronunciar a favor ou contra a proposta.
O presidente da CFN, Jayme Nicolato, explicou que, desta forma, o grupo poderá investir os R$ 300 milhões referentes às ações da concessionária da Malha Nordeste na Transnordestina S/A, empresa criada por conta do empreendimento. “A CFN passa a ser controlada pela Transnordestina S/A, que receberá investimentos da CSN, da Taquari e do BNDESPar”, detalhou o executivo. O BNDESPar é um braço de participações do banco de fomento, que tem gerência em 5% do projeto ferroviário. “Esta mudança facilitaria todos os aportes via BNDES. Assinaremos um termo de conduta com a ANTT para tentar viabilizar essa opção”, argumentou o presidente da CFN.
Na terça-feira, o presidente Lula reuniu o seu corpo de ministros para traçar as prioridades deste ano na área de Transportes. No encontro, Lula foi informado pelo ministro Alfredo Nascimento (Transportes) sobre o estágio atual da Transnordestina que, na descrição da pasta, visa abrir mais um leque logístico junto aos portos de Pecém (CE) e Suape. Além de Nascimento, participaram da reunião o presidente do BNDES, Guido Mantega, os ministros Ciro Gomes (Integração Nacional), Nelson Machado (Planejamento), Antônio Palocci (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente). Na última sugestão enviada pela CFN, o BNDES deveria arcar com R$ 430 milhões do sistema, embora Alfredo Nascimento tenha mencionado esta semana que o banco pode financiar quase 30% – cerca de R$ 1,2 bilhão – da construção da Transnordestina.
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