Por Cláudia Vassallo
Há cerca de quatro anos, Tony Trahar, CEO da inglesa Anglo American, terceira maior empresa de mineração do planeta, esteve na sede da Companhia Vale do Rio Doce, no centro do Rio de Janeiro. Parecia apenas uma visita de cortesia. Mas Trahar estava mesmo interessado em fazer negócios. E dos grandes. Sobre a mesa de Roger Agnelli, o presidente da Vale, ele colocou a proposta de fusão das duas empresas, o que as levaria à vice-liderança mundial de um setor que rapidamente se consolidava. Na época, o valor de mercado da Anglo American era quatro vezes maior que o da companhia brasileira. Agnelli recusou a oferta. Sua resposta:
— Senhor Trahar, hoje a Anglo é grande demais perto de nós. Seremos engolidos. Mas, quem sabe, em quatro ou cinco anos poderemos falar de igual para igual.
Roger Agnelli, 45 anos, presidente | |
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