Tragédia deixa o país de luto

TÓQUIO – Pelo menos 73 pessoas morreram e 441 ficaram feridas ontem no descarrilamento de um trem de passageiros que se chocou contra um edifício em Hyogo, no Sudoeste do Japão. Foi a pior tragédia ferroviária no país em 40 anos. O expresso Fukuchiyama, da Japan Railways West (JR West), saiu dos trilhos às 9h18, horário de movimento, numa curva em Amagasaki (400 km a Oeste de Tóquio). Cinco dos sete vagões lotados, com 580 passageiros, tombaram, colidiram com violência entre si e contra um edifício de oito andares – situado a 6m da via. Um carro também foi destroçado.

Investigações adiantam que a causa do acidente pode ter sido excesso de velocidade. Um dos sobreviventes afirmou à rede NHK de TV que pouco antes do descarrilamento olhou o relógio e percebeu que o trem estava atrasado. Ele acredita que o condutor acelerou demais para recuperar o tempo perdido.

Esta é a hipótese mais aceita, já que o motorneiro Ryujiro Takami, de 23 anos, tinha só 11 meses de experiência, freou tarde na estação anterior e teve que recuar oito metros para alcançar a plataforma. Na hora do acidente, o funcionário, que seguia no último vagão, informava sobre a manobra, que provocara atraso de 90 segundos, segundo a JR West. Outro tripulante contou ter sentido que o trem “estava indo mais rápido do que o usual“. Até a noite de ontem, o condutor ainda não havia sido localizado. Sabe-se, no entanto, que estava acompanhado de outro maquinista, este com 15 anos de prática na mesma linha.

– O trem estava indo muito rápido, chegamos em uma curva e pensei: não vamos conseguir. E aconteceu – revelou um sobrevivente, dando inícioà série de relatos dramáticos.

– Houve um violento solavanco e fui jogado no chão. Tinha muita gente ensangüentada – contou à NHK Tatsuya Akasi, que saiu ileso.

– Estava de pé e senti quando o maquinista freou de repente. O vagão todo sacudiu e tombou de lado – contou outro sobrevivente.

No início, pensou-se que somente um vagão batera contra o prédio, mas depois se descobriu que havia outro amassado contra a estrutura do imóvel. Quatro pessoas foram localizadas com vida dentro dele, mas bombeiros e soldados alertaram que outros 10 passageiros poderiam estar presos. O resgate atravessou a madrugada e a segunda-feira. Já haviam se passado 24 horas quando as equipes retiraram uma mulher de 46 anos do vagão, gravemente ferida mas consciente. Outros dois homens permaneciam presos, recebendo socorro médico, enquanto os bombeiros tentavam cortar as ferragens. Um deles pode ser o adolescente Hiroki Hayashi, que ligou para a mãe logo depois da colisão, de dentro de um dos vagões, dizendo que sentia muita dor e que iria morrer. Até a noite, o irmão ainda não o tinha localizado nos hospitais. A cena foi assustadora também para os moradores do edifício atingido, que tem nove andares.

– Ouvi um barulho muito alto e pensei que fosse terremoto. Do meu apartamento, pude ver a fumaça subindo, mas não conseguia enxergar o que acontecia – contou um morador do oitavo andar.

Segundo cálculos da companhia ferroviária, para que um trem descarrilasse naquele ponto, a velocidade deveria estar acima de 133 km/h. O limite de segurança no local, de acordo com os engenheiros, é de 70 km/h, por tratar-se de uma curva. O próprio resultado físico da colisão, com vários vagões amontoados e esmagados reforça a tese de que a locomotiva havia ultrapassado bastante o limite de velocidade.

No entanto, a JR West não descarta que o trem possa ter descarrilado ao se chocar com algum objeto nos trilhos, afirmando que inspetores encontraram as marcas freqüentes neste caso de acidente.

Ramal não tinha freio

O Ministério de Transporte do Japão esclareceu que o controle ferroviário em Hyogo, onde ocorreu o descarrilamento com 56 mortos, é o mais antigo dos usados no Japão e não pode ativar automaticamente os freios do trem quando a velocidade está alta demais. O governo também formou um gabinete de cr

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Fonte: Jornal do Brasil

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