Transporte perde um terço do orçamento

O Ministério dos Transportes acaba de sofrer um corte de quase um terço de seu orçamento para 2005, que passou de R$ 6,5 bilhões previstos para R$ 4,2 bilhões. Do total, só R$ 3,8 bilhões serão alocados em infra-estrutura.

Com o corte, os gastos para as áreas de transporte rodoviário, portuário e ferroviário voltarão ao mesmo patamar de 1999, quando o Brasil exportava e importava apenas 55% da corrente de comércio atual.

Entidades empresariais e do setor de transporte afirmam que as reduções devem afetar principalmente os corredores que envolvem estradas, ferrovias e portos destinados à exportação. No ministério, são dados como “certos` cortes em portos e rodovias.

Segundo dados obtidos pela Folha, dos R$ 3,8 bilhões previstos, estão garantidos mesmo só R$ 2,6 bilhões em investimentos acertados no projeto-piloto entre o Brasil e o FMI (Fundo Monetário Internacional) para a área de infra-estrutura. Desse total, R$ 978 milhões já foram liberados.

Relatório do Conselho de Infra-Estrutura da CNI (Confederação Nacional da Indústria) recém-finalizado e com perspectivas para 2005 afirma que, de todas as áreas, incluindo energia e saneamento, transportes é a mais carente de “intervenções imediatas`.

No ministério, a expectativa é que as PPPs (Parceria Público-Privadas) possam suprir neste ano a demanda que o setor público não puder atender. Para a CNI, as PPPs serão lentas e não `imediatamente disseminadas`.

O exemplo do México, estudado pela entidade, mostrou que o país demorou anos para finalizar apenas três projetos do tipo.

“É uma fantasia do governo dizer que 2005 será o ano da infra-estrutura no Brasil. A realidade mostra investimentos à míngua, planos de concessão de estradas adiados por mais de um ano e incapacidade geral para privilegiar os corredores de exportação`, afirma José de Freitas Mascarenhas, diretor da CNI.

Segundo cálculos da Anut (Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Cargas), os custos dos fretes rodoviários e ferroviários dobraram nos últimos 12 meses por causa da maior demanda para o comércio exterior e da oferta insuficiente de vias e equipamentos para o setor.

`Hoje, comemora-se uma perda de 11 milhões de toneladas na safra agrícola para evitar um estrangulamento nos transportes`, afirma José Ribamar Miranda Dias, vice-presidente da Anut.

A entidade estima que nos próximos três anos haverá um aumento de mais de 80 milhões de toneladas (sobre as atuais 276 milhões) na necessidade de transporte de fertilizantes, grãos e produtos siderúrgicos sem os investimentos correspondentes na área.
Para Clésio Andrade, presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), `não se trata de choradeira ou terrorismo de empresário`. “O apagão logístico já está ocorrendo`, afirma.

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Fonte: Folha de S. Paulo

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