Vazamento ameaça a APA de Guapimirim

Cerca de cem mil litros de óleo diesel atingiram ontem o Rio Caceribu, considerado um dos mais bem conservados entre os que desembocam na Baía de Guanabara. O acidente ameaça um dos últimos paraísos ecológicos do estado: a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim. O vazamento do combustível ocorreu no fim da madrugada, após o descarrilamento de um trem na altura de Porto das Caixas, em Itaboraí. De acordo com representantes do Ibama e da Secretaria municipal de Meio Ambiente de Itaboraí, até a tarde de ontem, a mancha de óleo se estendia por cerca de 12 quilômetros e chegou a 300 metros do limite dos manguezais preservados da APA.

— É uma quantidade suficiente para matar muitos peixes. Em toda a baía, são três toneladas de vazamento crônico de óleo por dia. Ou seja, vazou mais de 30 vezes o despejo de toda a baia, concentrado em apenas um rio — disse o geólogo Elmo Amador.

O Caceribu é um dos raros rios da Baía de Guanabara a manter bons níveis de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), com quatro miligramas de oxigênio por litro — o limite naquele leito é de cinco.

Barreiras de contenção para impedir a passagem do óleo

Durante a tarde de ontem, técnicos contratados pela empresa que administra a ferrovia onde ocorreu o acidente colocaram barreiras de contenção nos limites da APA para impedir que a mancha de óleo invadisse a unidade.

— Já há peixes mortos no rio e trechos de mangue foram atingidos. O risco de a mancha chegar à APA ainda existe, mas acreditamos na ação das barreiras de contenção. Se o óleo avançar, será um desastre ambiental — disse o chefe da APA de Guapimirim, Breno Herrera.

O vazamento ocorreu por volta das 4h30m de ontem, quando quatro vagões tombaram e três descarrilaram em Porto das Caixas. A composição, com 38 vagões e três locomotivas, ia de Duque de Caxias com destino a Campos. Além do Caceribu, o Rio Aldeia foi atingido pelo vazamento de óleo.

Empresa é multadapor dois órgãos

José Geraldo Azevedo, gerente-geral de Prevenção de Risco da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), afirmou que as autoridades foram informadas sobre o acidente instantes após o descarrilamento. Mas a versão do coordenador da Defesa Civil municipal, Edvaldo Côrtes, foi diferente: segundo ele, tanto o órgão, quanto o Corpo de Bombeiros foram acionados por volta das 6h50m, e por moradores da região. O secretário municipal de Meio Ambiente de Itaboraí, Francisco Geraldo, também não poupou a FCA:

— Houve uma falha operacional grave da empresa. Se as autoridades tivessem sido avisadas antes, poderíamos ter evitado um vazamento tão grande.

A Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), órgão vinculado à Secretaria estadual de Meio Ambiente, multou ontem em R$ 4 milhões a FCA, que também recebeu multa da Serla de R$ 1 milhão. Cerca de 120 integrantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil estadual e municipal, Feema, Ibama e da FCA participaram das operações na ferrovia e seus arredores.

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Fonte: O Globo

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