Após quase dois anos de discussões técnicas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje a reestruturação societária da Brasil Ferrovias, holding que administra a Ferronorte, Ferroban e Novoeste. Com forte participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a operação implicará investimentos de R$ 2,4 bilhões até 2009, em recuperação das vias permanentes (trilhos), além da restauração e compra de vagões e locomotivas.
O governo, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), assinará termo de ajustamento de conduta com as concessionárias. Serão estabelecidas metas de produção e de redução de acidentes, por um período de cinco anos. O objetivo é aumentar a quantidade de carga transportada, que passará de 9 bilhões de TKUs (toneladas por quilômetro útil, medição usada no setor) para 30,8 bilhões de TKUs em 2010.
Se não cumprir com a obrigação, a Brasil Ferrovias poderá perder as concessões. `O não-cumprimento do termo de ajustamento de conduta implica em caducidade da concessão`, afirmou o diretor-geral da ANTT, José Alexandre Resende. Essas exigências são uma contrapartida à atuação do BNDES, o maior protagonista da capitalização de R$ 1,468 bilhão.
O banco converterá R$ 265 milhões de créditos com a Brasil Ferrovias em capital acionário, fará um aporte de R$ 382 milhões e dará um empréstimo de R$ 265 milhões. Isso transformará o BNDES em dono de 47% a 49% das ações com direito a voto da Nova Brasil Ferrovias, um dos dois grupos que emergirá da cisão da antiga holding. O percentual exato será definido após a realização das assembléias de acionistas das empresas.
Resende disse que o BNDES tem um prazo de quatro anos para sair da Nova Brasil Ferrovias. O banco deverá fazer uma oferta pública das ações. `O objetivo é revitalizar esse complexo de empresas`, disse o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira de Passos. `A preocupação é montar uma operação que não se configure como paternalismo.`
A Nova Brasil Ferrovias deterá 99,07% das ações ordinárias da Ferronorte e pelo menos 62% da Ferroban. Além do BNDES, serão acionistas os fundos de pensão Previ e Funcef (cada um com 18% a 20,1%), fundo de pensão americano Laif (4,1% a 5%), Constran (3% a 3,9%) e JP Morgan (3% a 3,6%).
Essa nova holding formará um corredor de bitola larga, em oposição à Novoeste, que agora será controlada pela Novoeste Brasil e atuará em bitola estreita. A Novoeste está inserida nos planos de investimentos, mas não terá participação acionária do BNDES. Ela terá participação da Previ e Funcef com 20,8% cada uma das ações ordinárias, Constran (18,56%), Laif (17,74%), BRP (6,47%), JP Morgan (5,5%), Bradesco (4,11%) e outros minoritários com 6,02%.
A Ferroban perderá dois trechos de bitola métrica: o ramal Bauru-Mairinque (interior de São Paulo) irá para a Novoeste e o percurso Campinas-Araguari (MG) irá para a FERROVIA Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale do Rio Doce. Tanto a Ferroban quanto a Novoeste terão um prazo, que varia conforme as obras, para recuperar trechos abandonados e recompor a malha de locomotivas e vagões.
Do investimento total de R$ 2,4 bilhões, boa parte será concentrada entre 2005 e 2006. Cerca de R$ 700 milhões serão em recuperação de vias permanentes e outros R$ 1,7 bilhão em material rodante.
BNDES tem quatro anos para sair de ferrovia
Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans
It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans
Payday lenders so why payday loans online look at.
Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Seja o primeiro a comentar