Municípios pernambucanos importantes como Araripina, no Sertão do Araripe, Salgueiro, no Sertão Central, e Caruaru, no Agreste, deverão ficar de fora do traçado da Ferrovia Nova Transnordestina, projeto orçado em R$ 4,5 bilhões pela Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN). Também deverá ser abandonado em definitivo o atual ramal ferroviário em bitola métrica e sem uso desde a extinção da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) entre Caruaru e Salgueiro, que cortava também os municípios do Sertão do Pajeú.
As mudanças, de acordo com a direção CFN, deve-se essencialmente a motivações de ordem técnica. Baseados em fotos captadas por satélite, a nova proposta é garantir a viabilidade econômica do transporte de cargas com rapidez e maior segurança, seguindo os parâmetros definidos para a nova ferrovia: bitola larga (1,6 metros), rampa de aclive e declive em ângulos máximos de 0,6 graus e raio mínimo de curva de 400 metros. A empresa que vai realizar o projeto básico da obra só deverá ser conhecido dentro de 30 dias, mas deverá seguir à risca estes pré-requisitos.
A nova estrada de ferro terá como ponto inicial o município de Eliseu Martins, no sul do Piauí. Estão previstos terminais de concentração de cargas em Trindade, no lugar de Araripina, e em Serrita, no lugar de Salgueiro.
Serrita, na nova proposta levando em conta o relevo da região, deverá ser o ponto onde ocorrerá a bifurcação da estrada de ferro. Um ramal seguirá para o porto de Pecém, no Ceará, o outro para Suape. No trecho pernambucano, contra mudança importante é que os trilhos deverão passar pelo município de Limoeiro ao invés de Caruaru para evitar o declive da Serra das Russas. “A idéia é carregar até 10 mil toneladas por viagem. Isso só será possível com comboios de 100 vagões puxados por duas locomotivas. É preciso suavizar o traçado por uma questão de segurança e economia”, explicou Ângelo Baptista, diretor Comercial da CFN. Os produtos com potencial de serem transportados pela ferrovia são soja, milho, arroz, algodão, combustíveis, biodiesel, granito, gipsita, gesso, enxofre, frutas, rações, além de contêineres com insumos para a avicultura e materiais para os setores têxteis, de calçados e construção civil.
Para a secretária de Desenvolvimento Urbano do Estado, Terezinha Nunes, as possíveis mudanças não vão trazer prejuízos. “Nós temos técnicos da secretaria acompanhando tudo. Em todas as regiões do Estado existirão terminais, onde as cargas chegarão em caminhões”, explicou, considerando que a nova ferrovia “será mais importante para a economia e para integrar o Estado que o estaleiro”.
Terezinha Nunes disse também que pretende acompanhar de perto a produção do projeto executivo da obra, a cargo CFN, que deverá desembolsar por isso um valor que pode chegar a R$ 100 milhões e deverá ficar pronto em 45 dias. O trecho entre Araripina e Salgueiro (ou Trindade-Serrita) já dispõe de projeto básico, aumentando as chances de a obra começar na região, mas com mudanças. Protocolo para liberar recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), junto ao governo federal está sob avaliação. O governo do Estado também prepara protocolo de intenções para concessão de incentivos fiscais à CFN via Prodepe.
O anúncio do início das obras será feito pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), provavelmente em junho. Na mesma época, outro importante ramal ferroviário da região, ligando Recife ao município de Propriá, em Sergipe, começará a ser recuperado. Ele foi desativado em 1999 depois que as chuvas deixaram o ramal intransitável para o escoamento de açúcar e álcool por via férrea.
Estado perde com novo traçado
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