Consumidores no interior do país estão pagando a gasolina, o álcool e o diesel mais caro na bomba por força de limitações para usar as ferrovias na transferência dos derivados entre as bases primárias, situadas próximas às refinarias de petróleo, e as bases secundárias, usadas para armazenar os produtos antes da entrega aos clientes finais. O frete ferroviário de uma carga de combustível transportada entre Paulínia e São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, representa, em média, 2,8% do preço do derivado na bomba, no destino. Esse percentual quase dobra quando o trajeto é feito por rodovia e a diferença, invariavelmente, bate direto no bolso do consumidor.
As conclusões fazem parte de estudo inédito do Centro de Estudos em Logística (CEL), da Coppead/UFRJ intitulado `Planejamento integrado do sistema logístico de distribuição de combustíveis`. O trabalho mostra que gargalos ferroviários existentes na transferência de combustíveis geram custos adicionais de cerca de R$ 50 milhões por ano.
Se nada for feito para reduzir as ineficiências na logística do álcool, diesel e gasolina, em três anos os custos acumulados serão de R$ 200 milhões, avalia o estudo. O montante considera, além do custo anual de R$ 50 milhões, a taxa de crescimento na demanda destes derivados.
A necessidade, em muitos casos, de usar o caminhão ao invés do trem para fazer as transferências dos combustíveis até as bases secundárias aumenta os custos da cadeia de suprimentos, com redução média de 20% nas margens de venda da distribuição e de 6% na revenda (postos), aponta Paulo Fernando Fleury, coordenador do estudo e diretor do CEL.
Fleury salientou que o trabalho busca identificar as deficiências na infra-estrutura de transportes. Para ele, isso provoca impactos na logística de combustíveis, afetando os preços e a economia interna. São 52 milhões de toneladas de álcool, diesel e gasolina movimentados por ano, o equivalente a um custo logístico de R$ 2 bilhões.
O trabalho, que será apresentado no 4º Seminário Brasileiro de Logística de Distribuição de Combustíveis, que o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) promove nos dias 1º e 2 de junho, no Rio, identificou gargalos ferroviários em diversas rotas de transferência de combustíveis.
Do volume total de gasolina, álcool e diesel transferido das bases primárias para as bases secundárias no país, 61% são feitos por ferrovia, 31% por rodovia e 8% por hidrovias. Na visão de Fleury, não se devia fazer transferência de combustível pelo modal rodoviário. Já a entrega, ou seja, o fracionamento do produto para grandes clientes e postos revendedores, só pode ser feita por caminhão.
Segundo o relatório do CEL, elaborado sob encomenda do IBP, as más condições das estradas aumentam os custos variáveis do transporte rodoviário, elevando os fretes em até 5%. `A conta do frete rodoviário dos combustíveis cresce R$ 31 milhões por ano`, diz Fleury. Ele estima que se as entregas de longas distâncias feitas por caminhão fossem substituídas por transferências ferroviárias e, a seguir, por entregas rodoviárias, poderiam ser obtidos ganhos de até R$ 15 milhões por ano. `Existem trechos onde a ferrovia não chega ou onde ela ainda não existe`, definiu Fleury.
O trabalho do CEL estima que são necessários investimentos de R$ 1,5 bilhão para construir novos trechos ferroviários e mais R$ 700 milhões para aplicação em recuperação de linhas e compra de locomotivas e vagões-tanque. O estudo também identificou que o custo de capital e os volumes de combustível movimentados no país não permitem viabilizar a construção de novos dutos para transporte de derivados. O duto é a forma mais econômica e segura de transportar combustível.
João Carlos Antunes, que integra a comissão de logística do IBP, disse que é intenção da entidade entregar o trabalho às autoridades governamentais para que sirva de base em futuras ações. Outro diagnóstico feito pelo trabalho é a necessidade
Gargalos elevam os preços de combustíveis
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