Mais toneladas por eixo











Mais toneladas por eixo


 


EFVM, EF Carajás e MRS apostam no desenvolvimento tecnológico para superar suas metas no transporte heavy haul


Maior volume de carga em menos tempo e com mais segurança. Esta é a via obrigatória das ferrovias de carga pesada em âmbito mundial, que vivem hoje seu momento de maior expansão, motivado pela entrada da China na economia de mercado. Neste contexto, o aumento da carga por eixo é a principal alternativa para fazer frente à demanda crescente por minério de ferro nos mercados nacional e internacional. No Brasil, as três ferrovias consideradas heavy haul pelo parâmetro de tonelada por eixo — Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), Estrada de Ferro Carajás (EFC) e MRS Logística, todas com mais de 27 t/eixo — vêm realizando vultosos investimentos para superar técnica e economicamente problemas operacionais e atingir metas de produtividade compatíveis com as dos grandes players mundiais.
No caso da Companhia Vale do Rio Doce, que anunciou para este ano investimentos da ordem de RS$ 2,455 bilhões em projetos da área de Logística (incluindo a compra de 123 locomotivas e 5,6 mil vagões), o maior desafio está em Carajás. Trata-se da implementação do projeto de aumento da carga por eixo de 31,5 para 32,5 toneladas, informa Eduardo Bartolomeu, diretor de Operações da Logística da CVRD.
“O nosso truque tem um limite de 35 toneladas por eixo. Então nós temos como frente tentar carregar o máximo possível até 35 toneladas sem prejudicar a via, sem prejudicar a segurança operacional. Todos os esforços da área de desenvolvimento estão voltados para utilizar o máximo possível do vagão. Por que, qual é o drive de uma ferrovia heavy haul? Aumentar a carga por eixo, a segurança operacional, a estabilidade.”






  Trem da EFVM carregado de minério de ferro
Bartolomeu explica que o objetivo final é atingir as 35 toneladas por eixo, mas que para isso são necessárias intervenções na via permanente e nas obras de arte. “O aumento de carga por eixo na condição atual pode levar a ferrovia a uma situação indesejada de manutenção de trilhos, pelo aumento de defeitos superficiais, falta de janela de tempo para manutenção
e incapacidade deesmerilamento dos boletos dos trilhos” afirma o diretor, ressaltando que justamente por este motivo o aumento está sendo realizado por etapas.
O diretor ressalta que o aumento dos volumes transportados faz parte de um projeto em evolução constante e que muitos dos resultados vêm sendo obtidos através de trabalhos desenvolvidos junto ao Transportation Technology Center Inc (TTCi), de Puebla, EUA. Segundo ele, o uso intensivo de tecnologia é uma premissa no desenvolvimento das ferrovias heavy haul da CVRD. Como exemplo ele cita o fato de o aumento da carga movimentada em Carajás estar sendo viabilizado pela redução da tara do vagão.

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