Entrevista: Renato Kalil, superintendente da Portofer
Leia, a seguir, trechos da entrevista concedida pelo superintendente da
Portofer, o executivo Renato Kalil, que detalha os problemas do dia-a-dia
nos trilhos do Porto de Santos.
A Tribuna – O que significa remodelar o sistema férreo?
Renato Kalil – Trocar trilhos, trocar dormentes, se preciso trocar AMVs,
quer dizer, os elementos principais da linha férrea.
AT – Em quanto?
Kalil – Em praticamente 100%. Nós estamos fazendo isso numa linha aqui,
junto ao muro da Codesp. A gente tirou absolutamente tudo, colocamos
dormente novo, trilho novo, a fixação que une dormente ao trilho. Isso está
acontecendo de um mês para cá. Nós terminamos também toda a linha ao longo
do Armazém 28, que ficou integralmente remodelada. Agora, nós temos um
problema muito sério: caminhões sobre a linha férrea. Não só estacionados
como passando sobre a linha férrea. Então você imagina o seguinte. Quantos
caminhões tem no porto de Santos? Três mil, quatro mil, cinco mil por dia.
Esses caminhões estão cruzando a nossa linha, passando transversalmente
sobre ela, sobre os nossos AMVs, que é um ponto crítico. Então é muito
complicado para nós a manutenção disso.
AT – Como isso pode ser resolvido e como a Portofer reage a essa realidade?
Kalil – Nós temos discutido sistematicamente com a Codesp. Temos feito várias reuniões e, de forma nenhuma, a Codesp se furtou a discutir e tentar
propor. A Codesp tem todos os projetos para segregar a linha férrea. E eu
não tenho dúvida, segregar o tráfego é a solução para nós.
AT – Quando o sr. fala em projetos, se refere às avenidas perimetrais?
Kalil – Não. Tem as perimetrais, que vão segregar. Mas também existe uma
possibilidade já de estar segregando. (O trecho) dos armazéns I ao III para
nós é o caos. A gente não consegue passar. No último congestionamento, nós
não passamos durante o dia. Na parte da manhã, em torno de 9 horas, foi
quando o último trem que passou. Ficamos mais ou menos com 150 vagões
represados no Valongo e outro tanto de vagões vazios para chegar ao Valongo
e nós não conseguimos chegar. Isso afeta violentamente todos os terminais,
porque se o vagão não chega no terminal, compromete o embarque de navios.
Nós enviamos um fax dirigido ao (diretor da Codesp Arnaldo de Oliveira)
Barreto dizendo o prejuízo que nós tivemos em relação a isso.
AT – De quanto foi?
Kalil – Não sei dimensionar assim porque depende do frete. Mas são vagões
que atrasam no mínimo 24 horas a mais para chegar na hora certa na moega
para onde estava programada. É prejuízo quando o vagão demora para acessar o terminal, que já tem sua mão-de-obra programada para o trabalho. Eles vão
pagar a mão-de-obra e o vagão não chega. Até mesmo pode ter navio para
carregar, esperando vagões que não chegam. Como é uma cadeia, se de repente você corta esse elo por algum problema, você interrompe toda a circulação desse ponto para trás. Ou seja, estou falando da ferrovia, do carregamento
lá na origem, dos terminais do Mato do Grosso. E desse ponto pra frente,
quer dizer, a moega, o terminal, o navio, a chegada lá na Europa. Enfim,
você consegue interromper a cadeia logística toda.
AT – Há algum trecho segregado já?
Kalil – O trecho do Valongo até a praça Silvério de Souza é segregado. Eu
não tenho problema mais ali. Não tenho problema de acidente, de conflito
rodoferroviário.
AT – Não é uma responsabilidade da Portofer fazer essa segregação?
Kalil – Sim. E a Portofer quer fazer. Só que, como lhe falei, a Codesp tem
todos os projetos para segregar a linha. Dos armazéns I a III tem um projeto para segregar a linha. Eu estou esperando a Codesp autorizar a gente a segregar efetivamente. Estamos cobrando a Codesp sistematicamente.
AT – Do que depende essa autorização? Eles falam o que?
Kalil – Que ali tem o Tecondi. O Te
Segregar o tráfego é a solução para nós
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