Brasil Ferrovias prevê novo perfil financeiro

Está prevista para a próxima semana a última etapa da reestruturação financeira da Brasil Ferrovias. No dia 26, dívidas de R$ 375 milhões deverão ser convertidas em capital – R$ 265 milhões do BNDES e R$ 110 milhões das fundações Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa Econômica Federal), e do JP Morgan.

Isso feito, a expectativa dos principais acionistas – BNDES, Previ e Funcef – é de que o grupo, que reúne Ferronorte, Ferroban e Novoeste, estará pronto para conquistar indicadores financeiros saudáveis a partir de 2006 e recuperar a capacidade de investimento e crescimento. E, numa próxima etapa, atrair novos investidores.

Dentro de dois meses, a Ferronorte terá acesso a um financiamento novo do BNDES de R$ 265 milhões, que deverá ser repassado à Ferroban para investimento em via permanente (linha) e vagões.

A consultoria Angra Partners, responsável pelo desenho da reestruturação financeira, estima que a relação entre a dívida líquida do grupo e a sua geração operacional de caixa (lajida, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) cairá a partir de 2006. No ano passado, a dívida líquida equivalia a 27 vezes o lajida do grupo. Em 2005, após a reestruturação, a relação cairá para 13 vezes, ainda alta. Mas para 2006 o número projetado é de apenas 4,1 vezes e permanece em 4 vezes em 2007.

A sensível melhoria a partir de 2006 se justifica pelo salto esperado na receita e, por consequência, na geração de caixa, explica Renato Carvalho, sócio da Angra. O faturamento líquido do grupo em 2006 deverá ser de R$ 1,4 bilhão, 55% superior aos R$ 900 milhões de 2005. `E essa receita a mais já está contratada com os clientes.`

Com isso, diz ele, o lajida esperado para 2006 é de R$ 400 milhões, mais que o triplo dos R$ 120 milhões projetados para este ano. Em volume de carga, o grupo deverá transportar 24 milhões de toneladas úteis em 2006, ante 15 milhões neste ano.

O endividamento total do grupo Brasil Ferrovias no fim de 2005 será de R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1,3 bilhão com o BNDES. Cerca de metade desses débitos com o banco estatal tem vencimento em 2014. O restante vence em 2016 e 2017.

A reestruturação financeira teve implicações societárias. O grupo foi cindido em dois. Na holding Nova Brasil Ferrovias foram agrupadas a Ferronorte e Ferroban, que formam o chamado corredor de bitola larga. De outro lado ficou a Novoeste, o corredor de bitola estreita. Toda a capitalização do BNDES foi feita na primeira holding, e o banco tornou-se o seu maior acionista individual. O banco não é acionista da Novoeste.

Mas o pacote ainda prevê que, caso se mostre necessário até 2009, o BNDES poderá capitalizar até R$ 120 milhões na Novoeste. Mas esse dinheiro não iria direto para a empresa. O BNDES aumentaria sua participação na Nova Brasil Ferrovias, adquirindo ações da Funcef e da Previ. As fundações, por sua vez, teriam a obrigação de usar o dinheiro da venda dessas ações para capitalizar a Novoeste.

Nesse cenário, o banco aumentará ainda mais sua participação no capital da Nova Brasil Ferrovias. Nesse primeiro momento, ele terá 43,9% das ações ordinárias. Com o aporte de R$ 120 milhões, no entanto, o banco iria a R$ 56,4% das ONs. Como o acordo prevê que ele chegue a um máximo de 49% do capital votante, a diferença será dada em ações preferenciais.

Na sexta-feira passada, foi fechada a etapa mais importante do pacote de recuperação da holding: a injeção de R$ 150 milhões em dinheiro novo do BNDES. A primeira fase do pacote foi a capitalização de R$ 310 milhões pela Previ e pela Funcef, feita em maio.

`Fizemos um aporte agora que vai resgatar boa parte do investimento feito pela fundação na administração passada`, diz Guilherme Lacerda, presidente da Funcef. Segundo seus cálculos, em termos atuariais, o dinheiro aplicado no passado na Brasil Ferrovias, corrigido pelo INPC mais 6% ao ano, equivale hoje a R$ 530 milhões. A parte da Previ equivale a R$ 650 milhões.

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Fonte: Valor Econômico

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