O choque entre dois trens da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) deixou 14 pessoas feridas ontem, na zona rural do município de Belo Oriente, perto de Ipatinga, no Vale do Aço. Uma das composições, conhecida como “auto de linha`, bateu contra a traseira do vagão tanque de outro trem, que estava parado em uma curva na mesma linha férrea. O auto de linha é uma espécie de vagão motorizado usado apenas para transporte de passageiros. No momento da batida, às 7h30, levava sete funcionários da empresa, sendo um a serviço, e sete parentes de empregados, que seguiam de Vitória, no Espírito Santo, para Belo Horizonte. O condutor do auto de linha fraturou a tíbia e um dos passageiros sofreu traumatismo craniano e lesão na coluna. Técnicos da Vale vão investigar as causas do acidente, e o laudo deve ficar pronto em 15 dias.
O Corpo de Bombeiros de Ipatinga chegou ao local do choque, às margens do Rio Doce, às 8h10. De acordo com o sargento Dalson Ralph, havia princípio de pânico entre os feridos, já que o lugar é de difícil acesso e as vítimas temiam a explosão dos trens. Os vagões para transporte de combustível, porém, estavam vazios. Os feridos foram levados para o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga e, à noite, dois deles ainda estavam internados, sem risco de morrer.
O depoimento do condutor do auto de linha poderá ajudar a esclarecer as circunstâncias do acidente. Apesar de os trens estarem na mesma linha, a empresa preferiu não comentar a suspeita de falha de comunicação. Informou que somente a perícia vai indicar a causa do choque.
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