Centenas de colonos dos projetos de assentamento Palmares I e II, Rio Branco, Carajás, Brasil, Entre Rios, Liberdade e Jardim, no município de Parauapebas, sudeste do Pará, ameaçam interditar hoje a Estrada de Ferro Carajás à altura do km 850, sentido São Luís (MA) – Carajás. As informações são da Agência WDC.
Os agricultores alegam que a Vale do Rio Doce, detentora da estrada por onde é transportado minério de Carajás para o porto de Itaqui, no Maranhão, está duplicando a ferrovia em um trecho de 10 quilômetros de extensão, cometendo crime ecológico e usando área pertencente aos colonos.
Com a duplicação da ferrovia, os agricultores dizem que vai dificultar ainda mais a transposição das famílias sobre os trilhos, cuja passagem de nível já vitimou fatalmente algumas pessoas e causou prejuízos materiais na região, segundo os reclamantes.
De acordo com as lideranças dos colonos, à frente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), as obras de duplicação da ferrovia tiveram início há duas semanas.
Na terça-feira, 28, o MST encaminhou ofício à Vale convocando o gerente Eugênio Victorasso para uma reunião na vila Palmares II para discutir o assunto.
No documento, assinado por Vanderli Gonçalves Carvalho, Sirlene Ferraz e Maria Elizabete Santos, o movimento explica que a duplicação da ferrovia e a eventual interdição de algumas passagens sobre os trilhos vai prejudicar o “escoamento da produção agrícola, transporte escolar, turismo ecológico (balneários), transporte rodoviário de passageiro e comercial, deslocamentos emergenciais e no comércio e escambo, além das questões de segurança, que não têm refletido com as políticas da companhia, haja vista o grande número de acidentes com vítimas fatais e danos materiais ocorridos na área”.
Durante a reunião, realizada na sexta-feira passada com representantes da Vale, a comissão de negociação do MST entregou uma pauta de reivindicação. Na pauta, os agricultores exigem saneamento ambiental nas vilas em torno da ferrovia, construção de unidade hospitalar no assentamento Palmares II, patrulha mecanizada para recuperação de áreas degradadas, construção de estradas vicinais e doação de trilhos usados para eventual construção de pontes e viadutos, construção de cerca de proteção no trecho de 20 quilômetros que corta os assentamentos, construção imediata de viadutos, pontes ou galerias para passagem dos produtores rurais e, por último, repasse de uma cota de 300 casas populares do convênio celebrado entre Vale e governo Estado.
Tempo – Ao tomar conhecimento da pauta, os representantes da companhia informaram que as reivindicações seriam todas estudadas e avaliadas, mas que momento não tinham poderes para decidir. Por esse motivo, os funcionários da Vale pediram um pra até a quinta-feira, 7, quando levariam diretores da empresa para discutir o assunto.
Alguns integrantes do MST concordaram com o prazo, desde que as obras na ferrovia fossem paralisadas até que as reivindicações fossem atendidas, mas a companhia informou que a construtora Queiroz Galvão tinha prazos para entregar a obra e por isso o pedido não poderia ser aceito.
“Então, na segunda-feira, vamos interditar a ferrovia”, sentenciou Eurival Martins Carvalho (Totô), coordenador do MST em Parauapebas, informando que uma comissão de mobilização do movimento ia passar todo o final de semana convocando as cerca de 7 mil famílias dos assentamentos para a manifestação.
Prejuízos – Caso a ferrovia venha mesmo a ser ocupada pelos trabalhadores rurais em Parauapebas, o prejuízo será muito grande para a Vale. De acordo com a mineradora, a estrada de ferro transportou no ano passado 73,8 milhões de toneladas de minério (ferro, cobre e manganês), soja, ferro-gusa, combustíveis, veículos e fertilizantes, entre outros produtos.
A ferrovia também é o meio de transporte utilizado para encurtar distâncias nos Estados do Pará e Maranhão.
O trem de passage
Colonos ameaçam interditar a ferrovia
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