O secretário estadual dos Transportes, Alexandre Postal, reuniu-se na última semana com um grupo de alemães, do Instituto Latino-Americano e Europeu de Economia, Política e Segurança, que está interessado em investir no Rio Grande do Sul.
Entre os projetos apresentados, o que chamou a atenção foi a Ferrovia Triunfo-Pelotas. Na década de 70 o projeto era visto como a melhor alternativa para o escoamento dos fluxos agrícolas gerados na zona de influência da EF 491, Roca Sales-Passo Fundo, e dos produtos semibeneficiados, na área entre Porto Alegre e Caxias do Sul, pelo Porto de Rio Grande. Hoje, além da atualização dos estudos, o investimento total dos 253,3 quilômetros previstos no projeto, incluindo as desapropriações necessárias, é estimado em US$ 216,3 milhões.
Segundo Postal, os estudos mostram três alternativas básicas, considerando sempre a parceria entre o setor privado e o Estado, com prazo de concessão de 30 anos e taxa de desconto igual a 12%. Na primeira, que prevê a construção da ferrovia com recursos próprios do concessionário (U$ 161,7 milhões) e participação do governo na desapropriação de terras, a taxa de retorno foi de 12,3% ao ano.
Na segunda, com participação de igualitária do concessionário e Estado nos investimentos iniciais, e previsão de arrendamento ao concessionário de parte da obra do setor público, a taxa de retorno subiu para 17,6%.
E na terceira, o Governo do Rio Grande do Sul, como investidor integral com arrendamento da ferrovia para o concessionário, a taxa de retorno ficou em 32%. Enfim, uma redução no custo total de transporte atingiria o montante de U$ 108 milhões, considerando-se um prazo de 20 anos e uma taxa de desconto de 12% ao ano.
`Os benefícios indiretos decorrentes da construção da ferrovia estão focados na redução do volume de tráfego na BR-116, no trecho Porto Alegre/Pelotas, na redução dos custos de conservação e manutenção da rodovia, e, principalmente, na redução no número de acidentes`, destacou o secretário.
Grupo alemão interessado na Triunfo-Pelotas
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