Linha de trem Niterói-Itaboraí será reativada

Uma equipe de 100 homens trabalham em fase adiantada nas obra para reativar a linha férrea Niterói-Itaboraí. A previsão da Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística – a Central – é que até o fim de julho o trem volte a operar após quase oito meses.

Em novembro do ano passado, parte de uma adutora da Cedaa, que ficava perto da linha, foi roubada. Depois de uma chuva, um buraco se abriu e desalinhou os trilhos. Em junho começaram as obras para recuperar a área danificada, mas no meio do caminho, os trabalhadores descobriram que faltava um pedaço do trilho, eram dois quilômetros de linha férrea que haviam sido roubados.

São 32 quilômetros cheios de obstáculos. Lixo, mato e em um trecho em Guaxindiba, há uma porção de casas.

– Com o trem circulando, as pessoas não ocupam, não fazem construções dentro da linha. Nós queremos ver este trem funcionando até 30 de julho – afirma o presidente da Central, Albuíno Azeredo.

Antonio da Silva e Vera Lúcia da Silva moram no local há dez anos, e o trem já faz parte da rotina do casal.

– Na hora que o trem passa 5h45m eu já estou acordada – conta ela.

A recomendação da Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística – a Central – é de que, por segurança, seja respeitada uma distância de 6,5m entre os trilhos e qualquer construção. A casa do casal fica a menos de dois metros.

– Realmente ficamos um pouco assombrados, mas a gente se acostuma. É preciso morar aqui por enquanto – conta Antonio.

Para evitar acidentes, a associação de moradores do bairro quer negociar com a prefeitura uma maneira de retirar as casas sem prejudicar os moradores.

– Estamos conversando com os moradores e eles estão esperando uma previdência do governo – afirma o presidente da associação de moradores, Silvio de Oliveira.

Quem mora a uma distância segura dos trilhos, torce para voltar a ter opções de transporte.

– Meu marido sai de madrugada, meus filhos também. Vai ser muito bom para nós – diz Elita Rocha, dona de casa.

A prefeitura de São Gonçalo informa que está fazendo o cadastramento das famílias que vivem às margens da linha férrea, nos bairros de Guaxindiba e Jardim Catarina, com a ajuda das associações de moradores. O objetivo é saber o número de famílias que vivem em situação de risco, para que elas possam ser deslocadas para outros bairros do município.

Fonte: Globo Online