Metroviários e Trensurb não fazem acordo

Após quase duas horas e meia de negociação, não houve acordo entre metroviários e a Trensurb para o término da greve deflagrada na madrugada de ontem. Em audiência de conciliação mediada pelo vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, juiz Denis Marcelo de Lima Molarinho, ficou acertado apenas o atendimento parcial à população, nos horários de pico.
Ontem, os usuários ficaram sem trem, mas hoje o funcionamento acontece das 6h às 13h, com intervalo de dez minutos. No domingo, o metrô vai permanecer parado, retomando os trabalhos na segunda-feira, nos horários das 5h30min às 8h30min e das 16h30min às 20h15min, com intervalos de cinco e quatro minutos.

A Metroplan informou que as integrações serão ativadas nos horários de funcionamento do trem. Nos outros horários, os ônibus metropolitanos continuarão seguindo até o Centro da Capital. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô), José Luís da Silva Vaz, o principal impasse se deve à reivindicação da garantia de negociação das escalas dos setores de operação. A categoria realizará nova assembléia na próxima segunda-feira para avaliar os rumos do movimento. Apesar de admitir que a greve prejudicou os usuários, o dirigente destacou o fato de o trem ter ficado sem funcionar por cerca de 24h.

O presidente da Trensurb, Marco Arildo Cunha, voltou a informar que a empresa está oferecendo um dos maiores índices de reajuste (8,07%) e reafirmou que o real motivo da greve é a mudança nas escalas dos agentes de estação e segurança. Esta é uma briga da Trensurb no combate aos passivos trabalhistas, relatou. A estatal esclarece que, se não houver acordo com o sindicato até a próxima terça-feira, o Ministério Público Federal deverá ajuizar o dissídio coletivo dos metroviários, resultando na perda de toda a proposta econômica já autorizada pelo Ministério das Cidades. O julgamento, disse Cunha, será apenas com base na pauta de reivindicações do Sindimetrô, sendo que não será avaliada a proposta da Trensurb, considerada por ele a melhor conquista dos funcionários (leia matéria à direita).

Fonte: Correio do Povo