Vale reconstrói ferrovia histórica em Minas

Belo Horizonte – A Cia. Vale do Rio Doce anunciou na sexta feira, em Ouro Preto (MG) , que irá reconstruir a histórica ferrovia que liga o município à cidade de Mariana, numa extensão de 18 quilômetros. Com investimento estimado em R$ 30 milhões, e com a conclusão prevista em 10 meses, o trecho será operado pela sua subsidiária, a ferrovia Centro Atlântico (FCA), e será utilizada apenas nos fins de semana, para transporte de turistas.

Na verdade, esse percurso formava a derradeira etapa da imperial ferrovia que partia da Estação Leopoldina, no Rio de Janeiro, alcançava Petrópolis e saracoteava pelas montanhas e vales mineiros até alcançar Ouro Preto, até então a capital do estado. A linha foi inaugurada pessoalmente por Dom Pedro II, em 1888 numa das suas últimas viagens pelo País na condição de imperador brasileiro.

Com capacidade para 112 mil passageiros ao ano ou 360 por viagem, a operação do trecho será feita às sextas feiras, sábados, domingos e feriados. Estão programadas duas saídas de Ouro Preto e duas de Mariana, com o percurso sendo coberto em 55 minutos a uma velocidade média de 20 quilômetros por hora. A passagem terá preço inferior a R$ 20.

Quando estiver concluída, em 21 de abril próximo, data em que se comemora a Inconfidência Mineira, os turistas terão oportunidade de passar por um caminho de rara beleza natural e de grande valor histórico. As duas cidades são as mais antigas do estado e fundadas há mais de 300 anos para acolher multidões de bandeirantes e aventureiros, atraídos pelo ouro que escorria daquelas montanhas. Ambas as vilas cresceram rapidamente e de forma exuberante, com imensos casarões e igrejas douradas. Na época, Vila Rica tinha população maior que Nova York, nos Estados Unidos.

Viagens bucólicas

Com a decadência do transporte ferroviário de passageiros no País, o trecho foi desativado, mas a saudade daquelas viagens bucólicas permaneceu na alma dos seus moradores e da grande quantidade de turistas (cerca de 30 mil por mês), que fazem de Ouro Preto a cidade mineira mais procurada por visitantes. Tratava-se, porém, de um sonho impossível num estado com reduzida capacidade de investimento, evidenciada no discurso do secretário estadual de Turismo, o deputado Herculano Anghinetti, ao lembrar que, em 2004 o orçamento da sua secretaria foi de apenas R$ 1 milhão. A obra deverá custar 40 vezes mais.

Segundo o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, que presidiu a solenidade realizada em praça pública, diante da ainda, desativada estação ferroviária da cidade, a obra terá o custo total de R$ 40 milhões. A Cia. Vale do Rio Doce participará com R$ 30 milhões que serão utilizados na reconstrução do leito, das composições e das locomotivas, que serão a vapor e idênticas às que transportaram o imperador. Os R$ 10 milhões restantes serão oferecidos, sobretudo pela siderúrgica Usiminas, que se beneficiará das vantagens fiscais da Lei Rouanet para reconstruir as várias estações ferroviárias do percurso.

Manifestação de amizade

O trem turístico vai interligar dois dos mais importantes patrimônios históricos e culturais de Minas Gerais. Ouro Preto foi declarada do Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1980 e é o maior conjunto homogêneo de arquitetura barroca do País e representa a melhor síntese do acervo cultural do período colonial brasileiro. Mariana, por sua vez, foi a primeira capital da província e é uma das mais importantes cidades do Ciclo do Ouro.

Na solenidade, o diretor de Logística da CVRD, Guilherme Laeger declarou que a iniciativa da empresa é uma manifestação de amizade com a região, onde explora quatro grandes jazidas de minério e uma de manganês. A mineradora mantém quatro mil trabalhadores nos dois municípios.

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Fonte: Gazeta Mercantil

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