Em defesa da concentração

O Brasil precisa de uma grande mineradora, bem como de uma grande siderúrgica e de uma grande operadora de logística. E se todas foram reunidas sob uma só bandeira, melhor ainda. A avaliação é do ex-presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) Eliezer Batista, executivo que deu o pontapé inicial no processo de internacionalização da empresa, hoje terceira no ranking mundial do setor de mineração, atrás apenas de BHP Billiton e Rio Tinto.

Consultor sempre ouvido pela atual diretoria da Vale, Batista não se furta a defender a volta da companhia à siderurgia, setor do qual se retirou após o descruzamento de participações acionárias com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A própria CSN seria um ativo atraente para uma possível aquisição, considera o executivo.

– O Brasil precisa de uma grande siderúrgica brasileira. Se a compra (da CSN) é conveniente agora ou não, isto é uma questão a ser estudada. A Vale precisa de uma grande siderúrgica brasileira, disto estamos convencidos. Esta seria a melhor maneira de se capitalizar um produto em que se é competitivo – afirma, referindo-se à necessidade de agregar valor às exportações da companhia, hoje predominantemente de minério de ferro.

A sugestão chega literalmente na véspera da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a disputa entre Vale e siderúrgicas – CSN, de Benjamin Steinbruch, à frente. A lista de pendengas é extensa. As principais são: as acusações de monopólio contra a mineradora, que nos últimos anos comprou cinco concorrentes e passou a concentrar 100% da produção de minério de ferro do país; o imbróglio societário na MRS, operadora de ferrovias da Região Sudeste controlada por Vale, CSN, Gerdau e Usiminas; e o excedente do minério produzido na Casa de Pedra, que, por contrato, só pode ser vendido pela CSN à própria CVRD.

Batista rebate as críticas e afirma que a concentração de mercado é uma tendência mundial no setor. E lembra que, desde sua criação, a Vale foi desenhada para ser uma mineradora de envergadura internacional. Para isso, era imprescindível desenvolver a área de logística.

– A atividade de mineração exige escala e um sistema integrado de logística. A tendência é restarem dois ou três grandes grupos mundiais – defende.

Na avaliação de Eliezer Batista, o fato de a Vale ter adquirido outras mineradoras no país e, por conseqüência, ter aumentado sua participação em terminais portuários e ferrovias era inevitável.

– Se não fôssemos nós, seriam grupos estrangeiros. A Ferteco, por exemplo, foi oferecida à Vale e seria vendida de qualquer maneira, provavelmente para a BHP Billiton. Aí eu pergunto: deveríamos deixar uma concorrente estrangeira entrar aqui no nosso quintal e forçar os preços para baixo?

O ex-ministro da Previdência e consultor da Vale, Raphael de Almeida Magalhães, endossa o discurso de fundo nacionalista.

– Os outros países não deixam de defender seus grandes – aponta, lembrando a recente e malfadada tentativa de uma estatal chinesa de comprar a petrolífera americana Unocal.

Magalhães se mostra pessimista em relação ao desfecho que a briga entre a mineradora e as siderúrgicas poderá ter. Ele teme que a empresa que se sentir lesada com a decisão do Cade recorra à Justiça e dê início a um novo processo. Isto significaria um entrave nos investimentos por mais alguns anos.

– Vamos assistir a um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira sofrendo com o imbróglio, o que vai se refletir no ritmo dos investimentos – alerta.

Batista e Magalhães fazem coro nas críticas à atuação das agências reguladoras, em especial a de transportes terrestres (ANTT), que, segundo eles, não interveio no momento certo, evitando que as disputas na MRS chegassem ao ponto atual. Com isso, os investimentos necessários à modernização e integração da malha ferroviária não saem do plano das intenções. A decisão do Cade poderá desatar esse nó. Ou apertá-lo ainda m

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Fonte: Jornal do Brasil

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