Ferrovia, maná de boas notícias

Para superar o atraso, setor investe em material rodante, infra-estrutura e pessoal. Para quem aprecia notícias boas – bastante escassas ultimamente – é recomendável a leitura das informações emitidas pelas operadoras de ferrovias. Há algumas explicações para a profusão desse noticiário alvissareiro. Uma delas é que por longas décadas as ferrovias estiveram no limbo dos investimentos e da mídia.

Em ferrovia brasileira, exposta cinco décadas à operação estatal, tudo está por fazer. Júlio Fontana Neto, presidente da MRS Logística, concessionária de 1,7 mil km nos estados de Minas, Rio e São Paulo, um dos arautos das boas notícias do setor, informa, por exemplo, que a empresa está no momento às voltas com duas licitações que superam US$ 100 milhões. Uma dessas obras, de fôlego, diz respeito a um investimento em sinalização digital de toda a malha da empresa. Outra é a construção de um sistema de 23 km de correias transportadoras na Serra do Mar, ligando Paranapiacaba no topo da serra, a Cubatão, na Baixada Santista. A correia se encarregará de levar o minério de ferro, vindo de Minas Gerais, até a Cosipa, liberando a serra para a passagem de 6 milhões de toneladas de cargas nobres, que hoje são movimentadas por rodovia. Júlio Fontana, no estilo franco de falar e agir, dispara. `Entendemos que o setor precisa de investimentos estatais na sua infra-estrutura, até porque somos concessionários, não os donos. No entanto, não ficamos de braços cruzados à espera do dinheiro público.`

A MRS, que deve terminar 2005 com movimentação de 110 milhões de toneladas, pretende alcançar em 2009 um total de 180 milhões de toneladas. Para isso, precisa investir um total de R$ 2,5 bilhões, boa parte em infra-estrutura. `Temos muito por fazer e precisamos agir com rapidez`, diz Júlio Fontana.

Para crescer, é preciso gente, material escasso por longos anos de falta de formação de pessoal especializado. A criação da Academia MRS é um antídoto para suprir essa deficiência. A academia é um centro de formação, qualificação e aperfeiçoamento nos níveis operacional, técnico e gerencial. No grau operacional, de início eram formados maquinistas, mas já se estendeu o curso para manutenção e controle de pátios. Além da sede em Juiz de Fora, a escola funciona, também, nas cidades de Barra do Piraí, São Paulo e Conselheiro Lafayete. Já a escola de gerência forma gestores com competências gerenciais. A escola tem convênio com a Fundação Dom Cabral.

Já a escola de tecnologia ferroviária, em fase final de implantação, tem como objetivo primordial capacitar os especialistas da MRS. O primeiro curso a ser oferecido é o de especialização em transporte ferroviário de carga.


Ariverson Feltrin é Editor de Transportes&Logística da Gazeta Mercantil.

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Fonte: Gazeta Mercantil

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