Triste malha ferroviária brasileira

A precariedade das malhas ferroviária e rodoviária tem sido apontada como um dos mais graves gargalos do crescimento do Brasil. O país tem investido muito pouco na área do transporte. Para se ter uma idéia, os Estados Unidos acabam de aprovar investimentos em transporte que chegarão a US$ 268 bilhões até 2009, contemplando, inclusive, o transporte ferroviário. Os Estados Unidos possuem mais de 200 mil quilômetros de ferrovias, e essa modalidade de transporte tem crescido na base de 3% ao ano; na movimentação de grãos, o crescimento chega a 10%.

Bem diferente é o caso do Brasil. Um trabalho recentemente publicado registra o triste quadro do Brasil. Em 1940 tínhamos mais de 34 mil quilômetros de estradas de ferro – o que já era pouco. Hoje, temos menos de 30 mil. Retrocedemos. Com essa malha, transportamos apenas 23% da carga do país enquanto que a média dos grandes países é de 40% e da Rússia é mais de 80%. Há um enorme hiato entre as necessidades do Brasil e os recursos aprovados nos planos plurianuais do país (Antônio de Pádua Gurgel e outros, ferrovia: um projeto para o Brasil, 2005).

A luta em favor de mais e melhores ferrovias vem de longe. A grande visão do Visconde de Mauá o fez bancar pessoalmente, em 1854, a construção da primeira ferrovia de 18 quilômetros (Rio-Petrópolis). Em seguida, junto com os ingleses, construiu mais três projetos ousados: a ferrovia Recife-São Francisco, a D. Pedro 2º (depois Central do Brasil) e a São Paulo Railway (rebatizada de Santos-Jundiaí).

Nos últimos 65 anos praticamente estagnamos. Argumenta-se que o custo de construção de uma ferrovia é muito alto. Quem assim pensa desconsidera o custo total do transporte rodoviário. Os usuários das estradas de rodagem pagam apenas uma parte dos custos desse sistema de transporte. Vários deles ficam por conta da sociedade como, por exemplo, o policiamento, os serviços de emergência, a engenharia de tráfego, a recuperação dos feridos, o congestionamento e a poluição nas grandes cidades.

O Instituto de Engenharia estima que só em São Paulo, perde-se cerca de US$ 6 bilhões por ano na forma de combustível queimado inutilmente! Além disso, há o custo do tempo perdido, não só pelos caminhoneiros, mas por toda a população que passa horas nos engarrafamentos diariamente. E, por fim, há o custo elevadíssimo das vidas perdidas e das pessoas feridas em acidentes de trânsito. Quando se leva em conta as `despesas invisíveis`, vê-se que o baixo custo do transporte rodoviário é apenas aparente.

Com a pujança da nossa capacidade exportadora, o Brasil precisa investir nas ferrovia. A indústria do setor está preparada embora, grande parte dos vagões aqui produzidos, estejam correndo nos trilhos do Gabão, Guiné-Bissau e Venezuela que, só em 2005, compraram 400 unidades do Brasil (“Fabricação de vagões é a maior da história“, O Estado de S. Paulo, 21/08/2005).

Está na hora de colocarmos as locomotivas e vagões brasileiros para rodar nos trilhos do Brasil.

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Fonte: Jornal do Brasil

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