Os investimentos das empresas ferroviárias deverão somar R$ 2 bilhões em 2005, totalizando R$ 8 bilhões desde a privatização do setor, há nove anos, segundo o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (AN TF), Elias Nigri. Em 2004, os investimentos do setor somaram R$ 1,6 bilhão e, no ano que vem, a estimativa é que sejam repetidos os R$ 2 bilhões deste ano, voltados para modernização da malha, reforma de vagões e locomotivas e aquisição de ativos.
Ainda em 2005, de acordo com Nigri, que participou de seminário no Rio, o setor vai produzir 7 mil vagões, quantidade que deverá ser repetida no ano que vem. “Há três anos foram produzidos 300 vagões. A indústria precisa é de planejamento, de demanda firme e constante. Há capacidade nas instalações”, disse.
Nesse cenário de expansão, um dos principais desafios das ferrovias é a capacitação profissional dos trabalhadores. Segundo Nigri, neste ano as empresas do setor estão investindo R$ 3,8 milhões em capacitação e em 2006 esse número deverá ser ampliado.
Ele disse que há 15 anos funcionavam 23 escolas especializadas na formação de técnicos ferroviários no Brasil e, hoje, restou apenas o Centro Tecnológico Silva Freire, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio de Janeiro. Raul de Bois, diretor de Planejamento da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), disse que atualmente há 25 mil trabalhadores diretos no setor metroferroviário brasileiro e outros 15 mil no transporte ferroviário de carga. Além disso, existem 25 mil trabalhadores atuando na indústria de equipamentos ferroviários. “Um significativo esforço de capacitação dos recursos humanos apresenta-se como fator estratégico”, disse.
Fonte: Folha de Pernambuco
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