Faltam 200 km para chegar a Moatize
O presidente da CVRD, Roger Agnelli, disse hoje dia 10/01 que a empresa está próxima a investir na reconstrução e conclusão do corredor ferroviário que vai ligar o porto de Nacala, no Oceano Índico, às minas de carvão de Moatize, no interior de Moçambique. Segundo Agnelli, o porto de Nacala – e não o porto da Beira, ao sul – é a opção da Vale para o escoamento do carvão de Moatize (o corredor da Beira está fechado desde meados dos anos 80 em decorrência da guerra civil em Moçambique). São 862 km de linha de bitola de 1,067 m, dos quais 507 km estão em bom estado, 155 km precisam de remodelação e 200 devem ser construídos para alcançar Moatize. A ferrovia atravessa o Moçambique e o Malawi, um dos países mais pobres da África, sem acesso ao mar, e está concessionada desde janeiro de 2005 à Central East African Railways Company, empresa do grupo americano Railway Development Corporation, que possui várias pequenas concessões na África e na América Central.
Segundo Agnelli, a avaliação das jazidas de Moatize, cuja exploração foi obtida em licitação internacional no final de 2004, indicam reservas superiores às estimativas iniciais, da ordem de 2,4 bilhões de toneladas. Os estudos técnicos estarão concluídos em meados do ano para que tenham início os investimentos na produção. O volume deverá alcançar 14 milhões de toneladas/ano entre carvão metalúrgico e carvão energético.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Seja o primeiro a comentar