Das quatro empresas classificadas como finalistas na disputa pelas ações da Brasil Ferrovias, apenas a ALL e a Asila — Asian Latin American Marketing Center (trading company que representa sete empresas coreanas) apresentaram ofertas firmes de compra. Grupos já classificados no processo como MRS, Copersucar e Bunge Fertilizantes ficaram de fora nesta fase final do processo de venda, que se encerrou nesta quarta-feira (dia 22). Os valores de cada proposta foram mantidos em sigilo. Mas sabe-se que o anúncio da proposta vencedora está previsto para abril.
A ALL apresentou proposta firme de compra para os dois corredores: o chamado corredor de bitola larga, considerado o “filé mignon” do pacote de ativos — pela via de 2.500 km de extensão é escoada grande parte da safra de grãos do Centro-Oeste com destino ao mercado externo; e também para o corredor de bitola estreita da Novoeste, com quase 2.000 km de extensão (no processo de reestruturação da BF, a Novoeste incorporou 350 km de linha da Ferroban).
Já a Asila fez a sua oferta firme apenas para o corredor estreito da Novoeste. A Asila representa as empresas coreanas KRTC – Korean Railroad Technical Corporation, consultora de engenharia; Hanah´s, empreiteira responsável pelas obras no porto de Bulsan, o maior da Coréia; Global Rail Consortium, encarregado do projeto do trem de alta velocidade da Flórida; SLS Heavy Industries, indústria de material ferroviário; KCI., consultora; ICAK, gestora de financiamentos do Eximbank americano, e Kaisen Agro-Indústria, que no Brasil está construindo, em São Gabriel do Oeste (MS), uma esmagadora de soja de grande porte, para 600 mil t/ano.
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