“Se a CSN disse que vai vender a mina de Casa de Pedra, deve saber que existe um direito de preferência da Vale na compra da mina e é isso que a gente vai exercer. Exercer o direito de avaliar, analisar e poder comprar.” A afirmação é do presidente da companhia, Roger Agnelli, a respeito da possibilidade de venda da mina de Casa de Pedra pela Companhia Siderúrgica Nacional. Agnelli foi o homenageado do Almoço com o empresário , realizado nesta quinta-feira (dia30) pela Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Procurado pela RF, Marcos Lutz, diretor da área de Infra-estrutura e Energia da CSN, advertiu, no entanto, que o direito de preferência se aplica ao minério e ao controle da mina. “No caso de uma oferta pública de ações, não existe razão para fazer valer o direito de preferência. A CVRD pode adquirir as ações no mercado”, afirmou. Lutz explicou que está em estudo a cisão da jazida de minério de ferro de Casa de Pedra e a criação de uma empresa de mineração.
O objetivo é vender parte do capital da nova companhia em bolsa, através de uma oferta pública de ações. O volume de ações a ser lançado no mercado ainda não foi decidido, mas poderá variar entre 10% e 20% do capital. De acordo com Lutz, a companhia estuda no momento a contratação de uma instituição financeira para precificar a mina e também avaliar o impacto da cisão da mina sobre o preço de mercado da CSN.
O valor da jazida é estimado pela CSN em US$ 4,7 bilhões. Casa de Pedra já tem aprovadas reservas de 4,4 bilhões, mas, de acordo com estudos preliminares, este volume pode ser até 30% maior. Em fase de implementação, o plano de expansão prevê o processamento de 40 milhões de toneladas, das quais 30 milhões serão comercializados no mercado externo.
Seja o primeiro a comentar