Queremos trens urbanos

Como já estamos entrando no período eleitoral, seria interessante que os candidatos à Presidência e aos governos estaduais prestassem atenção aos gravíssimos problemas dos transportes urbanos, que afetam a vida das pessoas e são serviços públicos fundamentais para a qualidade de vida da população. O transporte urbano deveria ser tratado pelos governantes como uma necessidade humana básica, assim como a educação, saúde, habitação, saneamento, segurança e nutrição. Entretanto, não é isso que podemos constatar na maioria das cidades brasileiras, que possuem sistemas de transportes deficientes e altamente dependentes do transporte sobre pneus, em vez de privilegiar o transporte sobre trilhos, mais econômico e menos poluente, entre outras vantagens.
Seria necessária uma política permanente para o financiamento dos transportes públicos, com ênfase no modo metro-ferroviário. As cidades brasileiras carecem de inovações tecnológicas e gerenciais para usufruírem os maravilhosos benefícios das baixas poluições atmosférica e sonora e de acesso a modos de transporte confortáveis, seguros, rápidos e integrados entre si.

O transporte metro-ferroviário tem de ser considerado como o coração do sistema de transporte público de qualquer grande cidade brasileira, devido a sua enorme capacidade de atender às crescentes demandas por transporte de massa e por sua reconhecida produtividade, competitividade e eficácia. Além disso, o transporte de passageiros sobre trilhos tem um grande poder estruturante sobre a economia das áreas urbanas. Todavia, há o problema da viabilidade financeira para a expansão, modernização e construção de novos sistemas sobre trilhos, já que a viabilidade sócio-econômica é incontestável.

Em praticamente todos os países, as receitas tarifárias dos metrôs e ferrovias de passageiros não cobrem seus custos totais de construção, manutenção e operação, sendo que, no Brasil, a cobertura dos custos operacionais pelas receitas é muito baixa. Desta forma, sugiro aos candidatos para as próximas eleições que incluam em seus planos de governo projetos de transporte público sobre trilhos, competentes, exeqüíveis e convincentes.

Para ajudar os candidatos, posso citar algumas ações para financiar projetos ferroviários urbanos: (a) destinar um percentual significativo da Cide; (b) estimular o BNDES a conceder financiamento para infra-estrutura, equipamentos e material rodante ferroviário; (c) reduzir ou isentar os tributos incidentes sobre o transporte público, incluindo combustíveis e energia elétrica; (d) apoiar e fomentar o uso de energias renováveis, conforme definido no Protocolo de Kyoto, para que os recursos da venda do crédito-carbono sejam investidos em infra-estrutura de transportes; (e) criar condições para a decolagem das PPPs, que ainda dependem de regras claras por parte do governo, especialmente no que tange aos riscos do ente privado.

Espero que os candidatos percebam que o transporte metro-ferroviário de passageiros também gera dividendos políticos, sem contar que ajuda o desenvolvimento econômico do país, com a geração de milhares de empregos, em virtude da reativação da indústria ferroviária nacional. Penso que este pequeno texto seja suficiente para sensibilizar os políticos sobre a causa ferroviária e possa despertar seus interesses eleitoreiros para os milhões de eleitores que utilizam transporte urbano diariamente nas regiões metropolitanas brasileiras.

Marcus Quintella, engenheiro.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Jornal do Brasil

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0