São Paulo, 7 de Abril de 2006 – Três grupos disputam malha da holding, que reestruturada, deverá ter lucro em 2007. Entretanto, segundo informações do mercado, somente a ALL apresentou efetivamente uma proposta para compra. Já para a linha da Novoeste três interessados estão avaliando a empresa – um grupo boliviano/norte-americano, uma companhia coreana e a ALL.
O consultor para ferrovias e diretor-geral da WV Logistics, José Luís Vidal, acredita que o grande problema é a formação de mais um monopólio nos corredores ferroviários para exportação. Segundo ele, se a ALL se tornar realmente sócia da Brasil Ferrovias, ela deterá grande parte do transporte de produtos agrícolas no Brasil. Já existe monopólio no transporte de minério de ferro. Se a venda acontecer teremos também esse problema no complexo soja.
Além das ações dos fundos de pensão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – que detém 49% das ações da holding- também poderá optar pela venda de sua participação. Na reestruturação da empresa, no entanto, já é prevista a saída do banco de fomento do capital da Brasil Ferrovias.
No ano passado a holding Brasil Ferrovias teve faturamento de R$ 743 milhões, crescimento de 19% em relação ao período anterior, de R$ 626 milhões. A geração de caixa da companhia, medida pelo Ebitda, foi de R$ 178 milhões. A empresa operou no vermelho em 2005 e continuará assim em 2006. Segundo disse recentemente Guilherme Lacerda, a companhia só terá lucro em 2007. Se isso se concretizar, será resultado de investimentos de R$ 550 milhões que estão sendo feitos no biênio 2005/2006.
Brasil Ferrovias define sócios em abril
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