Hits, cliques e maria fumaça

Uma vantagem da imprensa eletrônica sobre a imprensa escrita é que você pode saber quase tudo sobre seus leitores: quantos são, de que países vêm, que notícias gostam de ler, quanto tempo levam lendo e até quantos hits dão.  Assim, por exemplo, posso saber que minha primeira crônica semanal aqui publicada teve 559 leitores (muitos jornalistas brincam com isso, mas agora é sério) e a segunda 393. Posso então ficar preocupado com a queda de público ou achar que foi por causa do feriado da semana santa. Ou voltar a falar da Dora. Coitada da Dora. Na segunda feira ela quase não conseguiu chegar lá em casa porque faltou energia no ramal de Saracuruna. Mas a Supervia jura que não teve nada a ver com o problema da Light. Ah, bom!


Mas voltando aos cliques, você sabia que o segundo assunto que mais interessa aos leitores do site é História? A ordem de preferência na leitura das notícias é assim: 1º Locomotivas; 2º História; 3º Vagões; 4º RH; 5º Acidentes. Recursos Humanos e Acidentes dá para entender. Todo mundo está preocupado com emprego e todo mundo gosta de ver um desastrezinho. Locomotivas e vagões também. Mas o interesse por marias fumaça e velhas estações é curioso. Significa que mesmo nesses tempos de eficencia e modernidade as pessoas que se interessam por ferrovia querem saber do seu passado. É um dado importante para os departamentos de marketing das concessionárias, e que só agora começa a ser percebido. Viva então a MRS e a Vale, a primeira reconstruiu a torre do relógio de Paranapiacaba e a segunda vai colocar, no dia 8 de maio, uma autêntica Santa Fé da Skoda puxando um trem de seis carros entre Mariana e Ouro Preto (as duas empresas têm também patrocinado diversos livros sobre a história das ferrovias brasileiras).


A propósito é bom lembrar que com exceção da Baronesa, que circulou na EF Barão de Mauá, não existem no Brasil outras locomotivas tombadas. Estão todas entregues à boa vontade de quem as guarda – ou não. O projeto Memória Ferroviária, que a Revista Ferroviária apóia, encontrou várias semi-destruídas em depósitos de sucata, usinas de açúcar falidas ou no fundo de portos (ver em www.memoriaferroviaria.com.br). Seria a hora dos departamentos de patrimônio estaduais ou federal acordarem para um assunto que interessa a tanta gente.


Gerson Toller é jornalista e diretor da Revista Ferroviária

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Fonte: Folha de São Paulo

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