Rio sem transportes

Parece que o assunto relacionado ao transporte público para o Pan-2007 caiu no esquecimento das autoridades municipais e estaduais, assim como da mídia, que nada mais noticiou sobre o descaso oficial com os gravíssimos problemas a que os cariocas estarão sujeitos durante o evento. Na verdade, a minha grande preocupação não é com o Pan, que terá a duração de apenas um mês, mas com o futuro da Cidade Maravilhosa, que, em poucos anos, experimentará engarrafamentos cada vez maiores e contabilizará tenebrosos números relativos aos malefícios sociais e ambientais decorrentes da inexistência de um sistema de transporte público eficiente e integrado.


Não sou vidente para traçar o cenário futuro acima, apenas faço deduções a partir de fatos passados e verifiquei que, nas últimas décadas, não houve qualquer ação concreta e séria para o transporte público da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e, pelo andar da carruagem, a situação provavelmente permanecerá a mesma, até a instalação do caos.


Os fatos passados que sustentam minha posição são aqueles projetos lançados aleatoriamente, sem reais intenções de realização, com paternidades políticas diferentes e descompromissados de qualquer tipo de integração modal. Nos últimos anos foram lançados, mas nunca iniciados ou concluídos, alguns projetos, tais como: Linha 4 do Metrô, Botafogo-Barra; Bondes da Barra; Transpan, ligação por trilhos entre a Barra, aeroportos e Centro; Corredor T5, Barra-Penha e interligação SuperVia-Linha 2 do Metrô; Linha 6 do Metrô, Barra-Caxias; túnel da Grota Funda; duplicação da auto-estrada Lagoa-Barra; ligação marítima Botafogo-Barra; Linha 3 do Metrô, Rio-Niterói-Itaboraí; Arco Rodoviário, RJ-109; Linha 1 do Metrô, conclusão até Ipanema; faixa seletiva para ônibus na Linha Vermelha; terminal de vans na Central; reordenação do sistema de ônibus urbano, com faixas segregadas; entre outros.


Diante de tantos projetos imaginados, torna-se inevitável uma pergunta do leitor: qual seria, então, a solução para os transportes públicos do Rio? Naturalmente, trata-se de uma pergunta difícil de responder, ainda mais quando tal solução transcenderia os aspectos técnicos e dependeria, certamente, de continuidade administrativa e de vontade política. Entretanto, para não deixar o leitor sem uma resposta, posso afirmar que a mudança do quadro atual somente poderá ocorrer por meio de pesados investimentos em infra-estrutura de transporte público. Para isso, há a necessidade de incentivos tributários e fiscais, associados a linhas de financiamento acessíveis para o setor, especialmente do BNDES, além de uma política de transporte público planejada, integrada, apartidária e contínua. Então, o leitor poderia replicar: assim ficará quase impossível, basta olharmos os políticos que vêm governando o município e o estado nas últimas décadas. Aí, eu encerro a discussão: só depende de você, caro leitor, desde que seu voto seja direcionado para o bem comum e não para interesses pessoais; você também pode disseminar idéias de ética, honestidade e altruísmo entre aqueles que votam sem orientação alguma ou que são manipulados ou comprados com falsos benefícios de última hora.


Tudo isso possibilitaria um futuro melhor para a população carioca, que passaria a desfrutar de uma qualidade de transporte público semelhante aos países desenvolvidos, em vez dos precários serviços prestados atualmente, que causam prejuízos físicos, perdas irrecuperáveis de tempo, insegurança e danos psicológicos irreversíveis.


Marcus Quintella, engenheiro.

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Fonte: Jornal do Brasil

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