Olhares atentos de aproximadamente 200 moradores da Vila de Paranapiacaba, em Santo André, assistiram terça-feira à audiência pública que apresentou à comunidade o projeto do TCLD (Transportador de Correia de Longa Distância) da MRS Logística – concessionária de transporte de cargas. O evento também contou com participação de executivos da companhia, integrantes de ONGs (Organizações Não-Governamentais) e autoridades municipais, estaduais e federais.
Embora não seja contra a construção da esteira de 18 km de extensão para condução de minério de ferro do Planalto à usina da Cosipa, em Cubatão, a população questionou as compensações ambientais e sociais da obra. Existem fragilidades nas medidas compensatórias. O projeto deveria trazer compensação a longo prazo, avalia a diretora da Sociedade de Preservação e Resgate de Paranapiacaba, Zélia Maria Paralego.
A presidente Aehasp (Associação dos Empreendedores de Hospedagem, Alimentação e Prestação de Serviços de Paranapiacaba), Zilda Maria Bergamim, posicionou-se a favor da construção da correia transportadora. Quero dizer, por meio dos moradores, que estamos contentes. Mas temos algumas preocupações como a dificuldade de transporte, advertiu. A MRS não pode operar trens de passageiros, mas executivos da empresa garantem esforços para liberar a malha em alguns horários para que empresas como a CPTM implementem o transporte.
Para conseguir licença prévia, a MRS realizou o Estudo de Impacto Ambiental e apresentou o documento ao Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente) com medidas de compensação como criação de museu e estímulo ao ecoturismo. Todas as considerações apontadas pelos participantes da audiência será analisada por membros do Consema para a expedição do parecer final. Uma audiência para o dia 11 está agendada para Cubatão.
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