Com o intuito de estimular o crescimento das cadeias produtivas ao longo do Corredor Centro-Norte, complexo multimodal que compreende as hidrovias Araguaia e Tocantins e as ferrovias Norte-Sul e Carajás, e atravessa o Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Piauí e parte do Pará, foi realizado, no último dia 17 de maio, evento que discutiu as principais oportunidades e desenvolvimento sustentável para a infra-estrutura logística da região Centro-Norte do Brasil.
A partir da iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) e da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Centro-Norte (Adecon), o encontro reuniu autoridades governamentais e empresários que atuam no setor de comércio exterior. Para o presidente da Assembléia Legislativa do Maranhão, João Evangelista (PSDB), a discussão foi essencial para o planejamento estratégico como suporte para o desenvolvimento sustentável do Estado.
De acordo com o parlamentar, atualmente, o Maranhão, durante muito tempo, não teve um plano de crescimento na infra-estrutura logística de escoamento tanto no mercado interno quanto externo. É preciso planejar em curto, médio e longo prazo, unindo forças com a sociedade organizada. Temos que contar com um plano governamental bem estruturado de, pelo menos, 15 anos, defendeu.
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E continuou: queremos a região maranhense ativa no Corredor Centro-Norte, com todas as suas obras concluídas. Não podemos ficar de braços cruzados apenas vendo os vagões atravessando o Maranhão. Temos que participar dos processos de infra-estrutura logística, o que auxiliará na diminuição da pobreza local.
Um dos assuntos abordados na reunião foi o término da Ferrovia Norte-Sul, que completará a integração entre as regiões Norte e Sul do Brasil, e as melhorias necessárias na infra-estrutura do Porto de Itaqui, em São Luís do Maranhão, responsável pela exportação de grande parte da produção da agroindústria da região, para comportar a expansão da demanda.
Para o presidente da Fiema, Jorge Machado Mendes, o Porto de Itaqui precisa se preparar para daqui a dois anos receber cerca de dez milhões de toneladas de grãos, depois da integração das ferrovias. A estrada de ferro já está sendo construída em Tocantins e deverá chegar a Goiás até 2007.
CORREDOR CENTRO-NORTE, A VITALIDADE EXPORTADORA DO MARANHÃO – Segundo informou a Fiema, as exportações maranhenses são extremamente dependentes do Corredor Centro-Norte.
O Porto de Itaqui, que recebe grande parte da produção que transita pelo eixo, está localizado a 11 quilômetros da capital, São Luís, e é o mais próximo de diversos mercados internacionais, com capacidade de receber navios de grande porte. Além disso, 19 municípios maranhenses estão situados ao longo da Ferrovia Carajás.
Atualmente, o Maranhão ocupa a 13ª posição no ranking nacional das exportações e o 2º lugar na região Nordeste do Brasil. Em 2005, as vendas internacionais do Estado corresponderam a US$ 1,5 bilhão, com destaque para minério, ferro gusa e grãos.
Conforme o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, alguns dos projetos estratégicos para o Corredor Centro-Norte estão no Maranhão. Entre eles, podemos citar a usina hidrelétrica de Estreito, a implantação de uma esmagadora de soja, a ferrovia Norte-Sul, os pólos siderúrgicos de ferro gusa e aço e a construção do ramal ferroviário Estreito-Balsas, completou.
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