A ALL encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 17,8 milhões, o que representa um aumento de 18,1% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o balanço trimestral divulgado nesta terça-feira (dia 02), o desempenho favorável foi registrado independentemente do efeito negativo da desvalorização de 22,9% do peso frente ao real, que reduziu o resultado em reais da ALL Argentina.
O Ebitdar (lucro antes dos juros, imposto de renda, depreciação, amortização e aluguel de vagões, o “r” na sigla de língua inglesa vem de rent que significa aluguel) cresceu 31,8% no primeiro trimestre de 2006 em relação a igual período do ano passado, somando R$ 95,5 milhões. As margens de Ebitdar tiveram expansão de 5,5 pontos percentuais, passando de 30,6% para 36,1%.
A companhia investiu R$ 88,4 milhões nos três primeiros meses deste ano, o que representou um aumento de 45,6% com relação ao primeiro trimestre de 2005, quando a ALL registrou investimentos da ordem de R$ 60,7 milhões. De acordo com a empresa, o aumento refletiu principalmente elevação dos investimentos no Brasil, de R$ 53,5 milhões para R$ 82,9 milhões, com foco na expansão de capacidade da companhia para o início do transporte da safra 2006.
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Com relação ao volume transportado, a companhia cresceu 9,6% apesar dos efeitos da quebra de safra ocorrida no Sul do Brasil em 2005. “Tivemos um desempenho bastante positivo no primeiro trimestre”, afirmou o diretor presidente da ALL, Bernardo Hees,. “No mercado agrícola, já podemos sentir o mercado mais forte com a entrada da nova safra e fomos muito bem nos segmentos industriais intermodais, como consumo, siderúrgicos e contêineres”.
Na unidade de commodities agrícolas, o volume cresceu 11,5%, com um aumento de quatro pontos percentuais em participação nos portos atendidos pela ALL, de 57% para 61%. Em produtos industriais, o volume cresceu 10,8% impulsionado por um aumento de 19,3% no volume transportado nos fluxos intermodais. Os segmentos de siderurgia e de alimentação cresceram 116% e 21%, respectivamente.
O diretor Financeiro e de Relações com o Mercado, Sérgio Pedreiro, afirma que “os clientes já adicionaram mais de 700 vagões novos e devem acrescentar outras 300 unidades nos próximos meses e os investimentos em locomotivas e capacidade de via estão dentro do cronograma, deixando a ALL pronta para mais um ano de forte crescimento de volume, receita e Ebitdar”. Na avaliação do executivo, o início do transporte da safra 2006 aponta para condições de mercado bem mais favoráveis que em 2005. A safra de soja deve crescer entre 8% e 10% no Brasil, atingindo entre 54 e 55 milhões de toneladas, com aumento de mais de 50% na região Sul.
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