Depois de uma seqüência de reuniões com a Companhia do Metropolitano (Metrô) e de uma tentativa de conciliação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde de hoje, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu, à noite, desistir da greve anunciada para a meia-noite desta terça (30).
A contraproposta oferecida pelo Metrô – reajuste de 4,63% (2,03% de aumento real), contra os 2,57% oferecidos anteriormente – foi aceita pela categoria. Segundo o sindicato, foi conseguido também um adicional de periculosidade a todos os metroviários que têm direito, gratificação por tempo de serviço para funcionários admitidos após maio de 2001 e reposição de um diretor do sindicato demitido há quatro anos.
Caso fosse levada adiante, a paralisação prejudicaria diretamente 2,8 milhões de passageiros e provocaria o caos nos transportes. Ainda assim, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) tinha determinado que, mesmo havendo greve, 100% dos metroviários teriam de trabalhar no horário de pico e 70% no resto do dia, sob pena de multa de R$ 200 mil por dia. O sindicato chegou a oferecer 50% da sua força de trabalho no horário do rush, mas a proposta foi recusada pelo TRT.
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Antes da assembléia, o sindicato reivindicava um reajuste salarial de 9,9% (3,19% de reajuste e 6,5% de produtividade) e melhorias em suas condições de trabalho.
O Sindicato dos Metroviários alega que, ao longo dos anos, o quadro de funcionários foi reduzido, houve expansão das linhas do metrô, integração com a CPTM e implantação do Bilhete Único. Tudo isso tem feito com que metroviários trabalhem sobrecarregados, a quantidade de usuários não pare de aumentar, e a qualidade dos serviços continua garantida. Até então, a quantidade de usuários transportados por dia era de 2,4 milhões.
Principalmente com a implantação do Bilhete Único, este número subiu para 2,8 milhões, dizia o manifesto distribuído à imprensa.
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