Nova fronteira agrícola aguarda ferrovia

A produção de grãos da nova fronteira agrícola do Nordeste é a principal aposta da Companhia Ferroviária Nacional (CFN) para tirar do papel o secular projeto da ferrovia Transnordestina, com um investimento de R$ 4,5 bilhões do governo federal. Nesse filão, o alvo é a produção de soja, cujo novo mapa de expansão nacional está sendo desenhado no extremo sul do Maranhão e no eixo Uruçuí-Bom Jesus, no sudeste do Piauí, depois de ter se consolidado no oeste da Bahia, desde o começo da década de 90. A CFN conta com o esgotamento das opções atuais de escoamento da safra para servir de alternativa aos produtores regionais.


A nova fronteira agrícola avança sobre o cerrado da Região Nordeste (veja arte), numa área bastante próxima do Tocantins, no Centro-Oeste. São as únicas regiões do País em que as áreas plantadas continuam crescendo, estimuladas por fatores como o preço baixo das terras e as condições excepcionais de plantio, como chuvas regulares nas chapadas, que têm altitude média de 650 metros. Além disso, terrenos com solo profundo, argilosos e totalmente planos nas chapadas contribuem para a cultura. Tudo isso favorece a mecanização das lavouras.


A área plantada de grãos do Nordeste, segundo dados oficiais da Conab e dos próprios produtores desses três Estados, vai atingir, nesta safra, 1,471 milhão de hectares, registrando crescimento de 420% sobre a área plantada na safra 1990/1991. Naquele ano, o Nordeste dispunha de apenas 282 mil hectares, concentrados quase que exclusivamente na região de Barreiras, no oeste da Bahia. Hoje, só a Bahia soma 870 mil hectares, com alta de 213% no período.


No Piauí, onde a produção é mais recente, já são 224,7 mil hectares, de acordo com a Conab, ou cerca de 250 mil, conforme os produtores. No Maranhão, já existem mais 376,9 mil hectares, segundo a Conab, ou cerca de 430 mil hectares em produção, conforme os empresários. “Já é possível afirmar que a região está consolidada e a tendência é crescer ainda mais. O clima é definido, existem grandes áreas disponíveis e bastante planas, propícias à mecanização, que é fundamental para o aumento da produtividade e redução dos custos para os produtores”, explica Eledon Pereira, analista da Conab.


A Bahia colhe este ano mais uma safra recorde. Segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, a safra atual deve atingir cerca de 2,5 milhões de toneladas, superando os números de 2004/2005, de 2,3 milhões de toneladas. Com mais de 50% de toda a área plantada colhida, a média de produtividade da região girava em torno de 48 sacas por hectare, com casos onde se chega a até 70 sacas por hectare, segundo dados do governo estadual.


No total, conforme a Conab, a produção nordestina já atinge 3,713 milhões de toneladas, representando um crescimento de 558% sobre as 564 mil toneladas que eram produzidas na safra 1990/1991. “Entre as seis regiões que operamos no País, o Maranhão e o Piauí são as únicas que registram aumento de área. Hoje, no Sul, por conta da seca, tem muito produtor que continua vendendo as terras, quitando as dívidas e vindo para cá, onde as terras são boas e baratas”, explica o gerente de processo da Bunge em Uruçuí, Wallison Cavazzani. “No Maranhão, por exemplo, há cinco anos, havia 234 mil hectares plantados, com 549 mil toneladas. Agora em 2006, são 410 mil hectares, com 1,058 milhão de toneladas”.


Pelos dados da Bunge, o Estado do Piauí, onde a companhia conta com uma unidade de processamento com capacidade de armazenagem de 100 mil toneladas, maior do que a unidade de Rondonópolis (no Mato Grosso, 50 mil toneladas), tem potencial para atingir um milhão de toneladas, em cinco anos. “Hoje são 465 mil toneladas em 212 mil hectares. Há cinco anos, eram apenas 92 mil toneladas distribuídas em 87 mil hectares”, compara.


Além do clima, no Nordeste, outros fatores contribuem para o avanço do agronegócio. A proximidade dos portos regionais dos tradicionais mercados importadores, como a

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Jornal do Commercio

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0