A Companhia Ferroviária Nacional (CFN) e o Ministério da Integração redefiniram a engenharia financeira do Projeto da Ferrovia Transnordestina, que tem o custo total avaliado em R$ 4,5 bilhões. A CFN vai quase duplicar o aporte de recursos próprios no projeto, passando de R$ 500 milhões de investimento para R$ 1,05 bilhão, acrescentando R$ 550 milhões aos recursos e se tornando responsável por 35% da verba do empreendimento. Com essa modificação, os recursos provenientes do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor) caem de R$ 1,5 bilhão para R$ 823 milhões e o aporte de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), passou de R$ 2,05 bilhões para R$ 2,27 bilhões.
Durante a reunião, o Governo também decidiu a nova data para início da construção da ferrovia, marcada agora para 6 de junho, na Cidade de Missão Velha, no Ceará, com a presença do presidente Lula. A cidade cearense é o ponto inicial do primeiro trecho da ferrovia, que terá 100 quilômetros de extensão e vai até Salgueiro, em Pernambuco.
De acordo com o secretário de Políticas de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração, Maurício Rodrigues, a nova modelagem financeira beneficia o projeto. “O Finor é proveniente de renúncia fiscal do Governo Federal, que agora terá essa verba disponível para outros projetos”. A CFN conseguiu a extensão de prazos de pagamentos e alterações nas regras de conversão de debêntures em ações para pagamento do FDNE.
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A construção de toda a ferrovia deve durar três anos. Além além da própria CFN, do Finor e do FDNE o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) participará do empreendimento, investindo R$ 400 milhões, na obra. De acordo com o presidente da CFN, Jayme Nicolato, ainda está pendente o resultado da concorrência das empreiteiras executoras da obra, que deve ser anunciado até o fim de maio.
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