Um salto na siderurgia

A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) só dependem da licença ambiental para começar a construir usinas às margens da Baía de Sepetiba. Os dois projetos vão consumir no mínimo US$ 4,9 bilhões em investimentos e devem gerar, na construção, cerca de 70 mil empregos diretos e indiretos. Além de produzir aço para exportação a partir do minério de ferro de Minas Gerais, elas têm em comum a necessidade de desatar nós logísticos nas áreas portuária, ferroviária e rodoviária.


Vão precisar, ainda, transpor barreiras ambientais para elevar o Estado do Rio à condição de maior produtor do país e um dos maiores da América Latina. Com 7,9 milhões de toneladas de aço bruto por ano de capacidade, passará a 15,9 milhões, acima das11,7 milhões de toneladas de Minas Gerais.


A solução encontrada pela CSA, associação entre a alemã ThyssenKrupp e a Vale do Rio Doce, para a logística do projeto, previsto para Santa Cruz, é construir um porto próprio no meio da Baía de Sepetiba, ligado à terra por uma ponte de quatro quilômetros. A usina terá dois altos-fornos, com capacidade para cinco milhões de toneladas. O terminal vai consumir US$ 300 milhões dos US$ 3 bilhões previstos para o projeto.


Apesar de o diretor da CSA, Ricardo Brito, ter explicado à comunidade que 25% do total serão destinados a programas ambientais, os três mil pescadores da região já estão em polvorosa. Eles compareceram em massa às três audiências públicas realizadas este mês no bairro carioca de Santa Cruz e nos municípios de Itaguaí e Mangaratiba, banhados pela baía.


Salários do setor são acima da média


As novas usinas da CSA e da CSN representarão um salto enorme na siderurgia fluminense, diz Ranulfo Vidigal, diretor-executivo da Fundação Cide. Ele estima que o PIB do setor, no Estado do Rio, seja de R$ 7,5 bilhões. Os novos investimentos somam quase R$ 10 bilhões. Quando as usinas entrarem em operação, a siderurgia responderá por 25% das exportações fluminenses, calcula a fundação.


Além disso, haverá forte impacto no mercado de trabalho. Só as vagas abertas pela CSA representarão acréscimo de 35% no emprego formal do setor siderúrgico no Estado do Rio, estima a Fundação Cide. Trata-se de um setor que oferece boa remuneração: 71% dos empregados da siderurgia ganham mais de sete salários-mínimos, contra uma parcela de 17% na média da indústria.


No caso da CSA, para fazer o porto exclusivo da siderúrgica, será preciso fazer uma dragagem que revolverá o lodo tóxico produzido durante anos pela Companhia Industrial Ingá, que foi à falência. A usina também aumentará o trânsito de navios, criando uma área de exclusão de pesca.


— Quando o material começar a ser movimentado, vai contaminar o pescado. Queremos uma compensação, de pelo menos R$ 30 mil por pescador, pra comprarmos motores que possam ir mais pra longe — reivindica Carlos do Nascimento, presidente da Associação de Pescadores da Ilha da Madeira.


Para Magno Neves, secretário-executivo da Assembléia Permanente do Meio Ambiente do Rio, entidade que congrega 107 grupos ecológicos do estado, o problema ambiental mais significativo é a dragagem:


— Quanto aos demais impactos, a CSA apresentou alternativas para mitigar ou compensar.


A CSN, que deve investir US$ 1,9 bilhão na região, entregou semana passada estudos de impacto ambiental à Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema). A empresa vai construir uma usina com dois altos-fornos para a produção de, no mínimo, três milhões de toneladas de aço numa área no porto de Itaguaí. De acordo com uma fonte, a CSN planeja audiências públicas este ano, para iniciar as obras no início de 2007.


A nova fábrica da CSN é um projeto antigo, da época de estatal. Após a privatização, a iniciativa teria sido travada por problemas entre acionistas. Faltava ainda garantir mercado para a produção da nova usina e isto ocorreu este mês. D

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Fonte: O Globo

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