BNDES estende a mão

Um dos símbolos da Era Vargas, o BNDES completou 54 anos na terça-feira passada, com direito a coquetel no fim do expediente. À frente das comemorações, estava o economista Demian Fiocca, por coincidência o presidente mais jovem da história do banco. Ao discursar para os funcionários, Fiocca deixou claro que o desafio de hoje é tornar a cinqüentenária instituição mais ágil e dinâmica. Fiocca foi direto ao ponto: “Devemos reconhecer que algumas vezes o BNDES é percebido como burocrático ou lento. É uma visão muitas vezes injusta. Mas nossa ação de fato pode ser melhorada.” Parece um conflito entre o novo e o velho, e é mesmo. O BNDES, a exemplo de outras crias dos anos 50, é corporativo e tem uma cultura operacional arraigada. Apesar dos orçamentos bilionários (o do corrente ano é de R$ 60 bilhões), preferiu sempre aguardar que os empresários batessem à sua porta do que ir atrás deles. A tradição sempre falou mais alto no interior da portentosa sede da Avenida Chile, no Centro do Rio. Demian Fiocca reconhece o rigor técnico e a vasta experiência em análise de projetos do banco, mas quer dar um passo adiante. É hora, prega ele, de “assumir uma postura empreendedora” e “fazer operações que não se realizariam pela mera inércia”.


Aos poucos, as idéias de Fiocca se impõem. E a inércia do BNDES vai sendo quebrada. Um bom exemplo pode ser visto na área de infra-estrutura. O BNDES quer arquivar, definitivamente, o mito de que o Brasil não tem vocação para transporte ferroviário. Os investimentos nos concessionários de ferrovias subiram de um nível de R$ 700 milhões em 2000 e 2001 para R$ 3,4 bilhões em 2005. Os desembolsos do BNDES no setor saltaram de menos de R$ 200 milhões em 2001 para algo próximo de R$ 1,2 bilhão em 2006. O pessoal empregado nas ferrovias cresceu de 19 mil para 28 mil, entre 2002 e 2005, enquanto a frota de locomotivas aumentou 26,3% nesses três anos. “Isso é resultado de nossa postura. Temos de ter criatividade. E agir com personalidade”, diz Fiocca. Além dos empréstimos para os concessionários e da recuperação de créditos, o BNDES chegou a financiar até a aquisição de vagões para locação. Como resultado, a produção de 7.500 vagões em 2005 foi 25 vezes maior do que a de 2002.


O presidente do BNDES, que se diz “um otimista” acima de tudo, garante que a maior instituição de fomento industrial do País tem identificado, de maneira geral, um sentimento favorável a novos investimentos. “Há muitos empresários planejando investimentos de grande porte, o que não acontecia há 20 anos.” Fiocca cita a siderurgia e a mineração entre os setores que planejam alto nível de investimentos para se adaptar às previsões de crescimento da demanda. E traz na ponta da língua um empreendimento já aprovado no setor de papel e celulose. O grupo Suzano/Bahiasul, graças a investimentos de R$ 4 bilhões, está construindo uma nova planta industrial na Bahia, que vai gerar 8 mil empregos e exportar US$ 500 milhões. O BNDES entra com R$ 2,4 bilhões. “Os setores de insumos básicos estão ressurgindo como não se via desde a década de 70”, comemora. Um dos motivos da confiança empresarial é, sem dúvida, o aumento das linhas de crédito à exportação. Só para este ano, o BNDES prevê um desembolso de R$ 5,8 bilhões no financiamento às exportações. Outra prioridade é o investimento em pesquisa.


Na semana passada, foi lançado o Funtec, um fundo voltado especificamente para a inovação tecnológica, com recursos de R$ 153 milhões. Trata-se de financiamentos a fundo perdido em três setores preferenciais: energia renovável de biomassa, principalmente etanol; software e soluções tecnológicas para agropecuária; e medicamentos. Os recursos serão liberados por meio de instituição sem fins lucrativos. Aposta-se também na reestruturação da área de mercado de capitais, esvaziada no governo Fernando Henrique. Acontece que para algumas empresas de pequeno e médio porte a injeção de capital pode ser mais conveniente do que a operação de crédito

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Istoé Dinheiro

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*