Ex-controladores da BF já ganharam 25%

Os três antigos controladores da Brasil Ferrovias já engordaram o seu patrimônio em mais de R$ 350 milhões desde a venda da empresa à América Latina Logística (ALL), no início do mês passado. Esse ganho corresponde à valorização das ações que BNDES, Previ e Funcef incorporaram no capital da ALL.


Cada unit – lote composto por quatro ações preferenciais e uma ordinária – era negociada a R$ 156 no fechamento da última sexta-feira. Para concretizar o negócio, a transferência das ações da ALL ocorreu pelo valor de R$ 124,44 por unit – média dos 30 pregões anteriores à apresentação da proposta de compra dos corredores ferroviários, no dia 22 de março. Ou seja, a valorização já chega a 25,36% nesse período.


O curioso é que, apesar de satisfeitos com os ganhos recentes, os fundos de pensão estatais só concordaram em receber todo o pagamento em ações da ALL após um longo processo de negociação. A intenção da Previ e da Funcef era receber 50% em dinheiro e 50% em ações. Nesse formato de negociação, entretanto, a ALL ofereceu R$ 1,3 bilhão pela Brasil Ferrovias e ainda quis descontar R$ 170 milhões pela eventual descoberta de passivos no futuro. Para que os antigos controladores aceitassem o pagamento em ações, a compradora elevou a sua oferta para R$ 1,405 bilhão e retirou o desconto pelo passivo.


De acordo com executivos que participaram ativamente do processo de venda, há uma série de fatores que foram decisivos para efetivar o negócio com a ALL. A proposta de compra que o consórcio coreano Asila entregou para a Novoeste, corredor de bitola estreita que corta o Mato Grosso Sul, era cerca de 40% superior à oferta da ALL. Mas na reta final das negociações, quando foram pedidas cartas-fiança e apresentação dos contratos sociais, faltaram garantias financeiras e informações relevantes sobre alguns dos participantes.


Os antigos controladores ficaram com receio de vender apenas a Novoeste e manter os dois corredores da Brasil Ferrovias – Ferronorte e Ferroban, ambas de bitola larga. A receita da Brasil Ferrovias cresceu cerca de 8% no primeiro trimestre do ano, mas ficou abaixo das expectativas do plano de recuperação da empresa. Com um provável resultado líquido negativo ao fim de 2006, os fundos de pensão anteviram a possibilidade colocar mais R$ 50 milhões na empresa, cada um, e preferiram evitar novos aportes.


Por fim, os controladores avaliaram que vender de uma vez os três corredores ferroviários seria estrategicamente melhor. Como a ALL tinha sido a única concorrente a fazer propostas vinculantes, levando ao mesmo tempo toda a malha da companhia, acabou ficando com o negócio. Ao analisar a hipótese de vender isoladamente a Novoeste, os antigos controladores chegaram à conclusão de que estariam descartando um potencial futuro interessado, a ALL, nas redes da Ferronorte e da Ferroban. Também acharam que seria mais difícil, no futuro, oferecer ao mercado uma empresa (Ferroban) que concentra 90% do passivo trabalhista do conjunto das ferrovias reunidas sob a antiga holding.


O último passo para concretizar a venda ocorrerá no próximo dia 16, com a realização de assembléias de acionistas da Brasil Ferrovias e da Novoeste. O diretor-presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, acha que todos fizeram um ótimo negócio. De 2003 para cá, a Funcef aportou R$ 212 milhões na Brasil Ferrovias. Se não puséssemos o dinheiro, teríamos perdido o investimento e ainda deveríamos ter colocado mais R$ 200 milhões ou R$ 250 milhões para devolver a concessão do jeito que a pegamos, diz Lacerda. A Funcef vendeu a sua participação pelo equivalente a R$ 254 milhões e hoje as ações que tem na ALL já valem R$ 317 milhões. A perspectiva é que as ´units´ cheguem a R$ 200.


Mas também sai ganhando o BNDES, que trocou a sua dívida na Brasil Ferrovias pela posição de credor de uma companhia sólida como a ALL, completa o diretor da Funcef, que durante os últimos anos exerceu o cargo de presidente do conselho

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Fonte: Valor Econômico

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