A presidência da Câmara de Mirassol determinou ao seu departamento jurídico uma representação contra a Ferroban, para que esta explique as rachaduras nas casas próximas da ferrovia.
De acordo com o presidente Newton César Silva Pinto (PSB), muitos vereadores enviaram ofícios à Ferroban (Ferrovias Bandeirantes S/A), que ignora pedidos de informações ou reuniões para falar sobre o assunto.
“A Ferroban tem de dar satisfação, já que ela passa por nosso município”, diz.
Recente matéria do BOM DIA mostrou que, com o aumento do número de trens de carga passando pela cidade, as casas próximas da linha férrea passaram a apresentar rachaduras.
As composições chegam a ter até 100 vagões de carga de farelo e soja.
Do Mato Grosso, maior produtor de soja do país, passam hoje pelos trilhos da região de Rio Preto 4 milhões de toneladas do grão com destino a Santos.
Pelos cálculos do presidente do Legislativo, se cada vagão pesa 90 toneladas, uma composição de 100 vagões transporta 9 milhões de quilos sobre os trilhos.
“Passando trem o dia todo, é impossível não haver danos às residências”, aponta. “Quem vai pagar isso?”
Apenas na rua Tupinambás, perto da cancela do bairro Souza, pelo menos cinco casas têm problemas em paredes e telhados. Algumas tiveram de ser reformadas. “Piorou depois que aumentou o número de trens que passam por aqui. É muita trepidação”, diz o pedreiro Valdecir Tadeu, que reformou três casas na rua.
A assessoria da Brasil Ferrovias, que reúne operações da Ferroban, informou que a empresa é arrendatária da linha, a qual pertenceria ao governo federal.
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