A concessionária ferroviária MRS Logística adiou a data prevista para o início das obras da correia transportadora de minério que irá ligar o pátio da empresa na Serra do Mar à Cosipa, em Cubatão. A estratégia da empresa é ter mais tempo para a obtenção das licenças ambientais necessárias para erguer o empreendimento. A expectativa, agora, é iniciar a construção do projeto no segundo semestre de 2007.
A correia é um projeto da MRS para ampliar sua participação no escoamento de minério de ferro, via ferrovia, por meio do Porto de Santos. Pelo projeto, um conjunto de 18 quilômetros de esteiras irá transportar o produto entre o município de Campo Grande — próximo à Vila de Paranapiacaba, na Serra do Mar — e o pátio da Cosipa. Segundo a empresa, o volume anual a ser operado no sistema é da ordem de 6,5 milhões de toneladas.
A mudança de plano foi divulgada ontem pelo gerente de Negócios da MRS, Fernando Poça, após sua participação no XXV Seminário de Logística, promovido pela Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM), no Parque Balneário Hotel, em Santos.
Para o gerente de Negócios da concessionária ferroviária, a empresa decidiu se programar para a obra com um ‘‘prazo mais largo’’. ‘‘Foi pensado nesta data para não ter nenhum problema, tanto de licenciamento ambiental como de desenvolvimento do projeto’’, explicou o funcionário.
Originalmente, a empresa planejava dar início à construção da correia transportadora até o final deste ano. A mudança, conforme disse Poça, não irá mudar o período necessário para a conclusão do traçado — um ano e meio.
Há cerca de um mês e meio, o presidente da concessionária, Júlio Fontana Neto, afirmou que as licenças ambientais fundamentais para a autorização das obras começariam a ser requisitadas aos órgãos de Meio Ambiente entre este mês e o próximo.
De acordo com Poça, a concessionária está concluindo também a escolha da firma que será responsável pela elevação da correia. ‘‘O processo de licitação interna está em fase final, de avaliação de preços. A MRS não precisaria fazer essa licitação porque é uma empresa privada, mas fez até para ter os melhores preços’’, justificou.
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