O terminal tem como finalidade agilizar o escoamento de cargas, a partir de Colatina, facilitando a integração da Estrada de Ferro Vitória a Minas com as rodovias BR-259 e ES-080 (Rodovia do Café), e consolidar nova alternativa logística para o município e o Estado. A Vale investiu R$ 8 milhões (R$ 6,8 milhões na compra de vagões e locomotivas e R$ 1,2 milhão em material metálico, como trilhos) e a Centronorte Logística R$ 3,8 milhões em infra-estrutura, terraplenagem e montagem das linhas e pórticos.
O Terminal de Cargas foi construído em terreno de 250 mil metros quadrados, às margens da Estrada de Ferro Vitória a Minas, adquirido pela Centronorte Logística. Está localizado a 12 quilômetros do centro de Colatina pela BR-259 e tem capacidade de movimentação de dois milhões de toneladas/ano.
À Companhia Vale do Rio Doce coube o fornecimento dos materiais para a via férrea e a aquisição de vagões e locomotivas. Além de fornecer o terreno, a Centronorte Logística também foi responsável pelo projeto executivo, pelas obras de infra-estrutura e pelo lançamento da superestrutura ferroviária.
De acordo com levantamento da CVRD e da Centronorte Logística, as rodovias da região sofrem com o excesso de cargas movimentadas por carretas (150/dia) que transportam blocos de granito produzidos no Norte do Estado, com passagem por Colatina, para exportação e para os pólos de beneficiamento de Vitória e Cachoeiro de Itapemirim. Este terminal também vai contribuir para a criação de um novo pólo logístico no Estado, reunindo, num mesmo local, os serviços de transporte rodoviário e de movimentação de cargas aos de transporte ferroviário da Companhia Vale do Rio Doce.
Para o diretor de comercialização de Logística da Companhia Vale do Rio Doce, Mauro Dias, o pólo logístico ampliará significativamente a competitividade do granito e dos demais produtos exportados a partir da região, já que a Estrada de Ferro Vitória a Minas estabelecerá uma conexão rápida e eficiente entre este terminal e os portos, em especial o Terminal de Vila Velha. Além disso, com a conclusão das obras da Ferrovia Litorânea-Sul, prevista para 2010, será possível integrar Colatina e Cachoeiro de Itapemirim, respectivamente os maiores produtores e processadores de rochas ornamentais do Brasil.
De acordo com o diretor da Centronorte Logística Integrada, Wilman Menezes, o Terminal Rodoferroviário vai mudar o cenário atual com a integração da carga do modal rodoviário com o ferroviário. É uma alternativa estratégica porque a sua localização possibilita a captação de grandes volumes de cargas.
Além de estimular a movimentação de cargas em Colatina – a principal cidade da região Norte do Espírito Santo, rica na produção de granito, madeira, de café e carne – o Terminal dará suporte ao crescimento da atividade mineradora do granito, já que as maiores jazidas do Estado estão na região Norte. Também será uma referência para a implantação de novos empreendimentos industriais no município, contribuindo desta forma com o desenvolvimento socioeconômico da região.
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