As operadoras de carga movimentam hoje 6.496 vagões pertencentes a clientes e a empresas de leasing. Dentre as ferrovias que optam pela utilização de vagões particulares, a ALL sai na frente: 2.091 unidades (do total de 13.853 vagões que compõem a frota) em operação na sua malha são da Mitsui e 211 vagões são de clientes. Já a MRS está em segundo lugar com 1.744 vagões (a frota total é de 13.514), sendo 781 vagões da CSN, cliente com a maior frota em operação. Em seguida destacam-se a Brasil Ferrovias, com 1.510 unidades; a FCA, com 567; e Novoeste Brasil, com 373.
A operação de carga com vagões particulares não é muito comum no Brasil — representando apenas 7,8% da frota total de 83.201 vagões. Nos EUA, 56% da frota de vagões e 39% da frota de locomotivas utilizadas pelas ferrovias Classe 1 pertencem a clientes ou empresas de leasing.
A formação dos fundos de investimentos em projetos de infra-estrutura e que incluem o setor ferroviário — como é o caso do Logística Brasil, recém aprovado pela CVM e que prevê a aplicação de recursos na compra de vagões — poderá representar um importante impulso para o crescimento do negócio no Brasil. Entre estes, pode-se destacar ainda: o Infra-Brasil, coordenado pelo Amro-Real; o Logística Brasil, coordenado pelo GP Investimentos; o AG Angra Infra-Estrutura, da Andrade Gutierrez e da Angra Partners; o Darby Brasil, do Banco Stratus.
O potencial e os desafios da formação de frotas particulares são os temas do seminário “Os Clientes e as Ferrovias”, a ser organizado pela RF no dia 29 de agosto, no Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo. Estarão presentes no evento representantes das ferrovias, fundos de investimento, clientes com frota própria, indústria de material ferroviário, dirigentes da ANTT, BNDES e Ministério dos Transportes.
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Confira a programação do evento.
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