O fundo Logística Brasil, gerido pela GP Investimentos e que tem à frente três investidores institucionais — Funcef, Petros e Previ —, está em fase final de aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e deve ser lançado a partir desta semana. A meta de capitalização é de R$ 600 milhões, sendo que o desembolso dos recursos deverá ocorrer a partir do momento em que o fundo atingir a cifra de R$ 400 milhões.
Destinados exclusivamente a projetos na área de infra-estrutura, os Fundos de Investimento em Participações (FIP) estão na pauta do dia dos investidores. Na última quinta-feira (dia 6) chegou ao mercado o InfraBrasil, administrado pelo ABN Amro Real e que tem o BID como credor e ainda a participação da Funcef. O fundo foi lançado com um patrimônio de R$ 620 milhões e pode chegar a R$ 1 bilhão nos próximos meses.
Os recursos serão aplicados em projetos de infra-estrutura do setor privado por meio de investimentos em ações e instrumentos de dívida de longo prazo em moeda local nas áreas de logística (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos), telecomunicações, distribuição de gás, energia (geração, transmissão e distribuição), água e saneamento.
“O InfraBrasil já está sendo bem recebido pelo mercado”, afirma o diretor da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCap), Joubert Castro Filho. Na sua avaliação, apesar do mercado brasileiro estar trabalhando para aperfeiçoar os regulamentos e legislações ligadas aos fundos de private equity e venture capital, o País ainda precisa mostrar para os investidores internacionais que possui diferenciais competitivos.
“O País já vem apresentando um bom desempenho com os private equities há mais tempo, mas é necessária uma maior divulgação deste tipo de aplicação no exterior para atrair investidores internacionais”, diz ele, ressaltando que de 2004 a 2006, 65% do volume negociado em abertura de capital de empresas foram através de private equities como a GOL, TAM e ALL. “O problema é mostrar lá fora que oferecemos boas oportunidades de ganho. O Brasil tem vários gargalos em transporte, logística, energia, ou seja uma grande diversidade de investimentos”, avalia.
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