O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o grande financiador da infra-estrutura no país, mas não pode estar sozinho nesse processo. A afirmação é da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, que há pouco participou do lançamento do InfraBrasil, fundo de investimento em participações voltado a projetos de telecomunicações, logística, energia, água e saneamento.
Segundo a ministra, esses recursos podem ser complementados com fundos como o anunciado hoje. “O governo cumpre o seu papel”, afirmou, ao garantir a estabilidade econômica e tirar “uma série de projetos da prateleira”, como os da Transnordestina e a BR 163. Mas quer muito mais investimentos em infra-estrutura. “Tem que haver uma multiplicidade de fundos como este”, disse ela aos jornalistas presentes ao evento.
Dilma lembrou que a poupança da economia brasileira não é pequena, e poderá ser usada para que aconteça “um desvio dos recursos hoje aplicados em títulos públicos para investimentos produtivos, recursos que, muitas vezes, são dos próprios trabalhadores e que agora irão gerar riquezas”, afirmou.
Segundo a ministra, a criação de fundos como o InfraBrasil não tinha acontecido antes porque o país “não havia chegado a esse nível de estabilização econômica”. Com a economia estável e imune às oscilações do mercado internacional, disse ela, “o clima está muito mais favorável aos investimentos”, afirmou a ministra.
Além da estabilidade, ela citou como iniciativas do governo para criar ambiente favorável aos investimentos em infra-estrutura o modelo institucional e regulatório e a criação de financiamento. “A primeira parte do tripé já foi atingida”, disse, referindo-se à estabilidade econômica. “A segunda o governo terá de melhorar sistematicamente e, em relação à terceira (financiamento), será preciso criar uma sinergia entre as necessidades do país e as compatibilidades de cada setor”.
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